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O que visitar em Évora Portugal

Évora é das cidades mais agradáveis em Portugal; repleta de monumentos ao longo do centro. A maioria data do século XV, quando Évora prospera sob a Dinastia de Avis.

A esta dinastia são devidos belos edifícios e promoveram o estilo, singular, manuelino. Muitos sobreviveram graças ao declínio da cidade e após a usurpação do trono por parte de Espanha (fins do século XVI).

Com a restauração da independência, os monarcas preferem ficar perto de Lisboa e a universidade foi fechada. Nos próximos 400 anos, Évora terá uma existência provincial.


Ver a Praça do Giraldo,

Praça Giraldo, Visitar Évora
  • Coordenadas: 38.570796,-7.909537

Poucos monumentos distam mais de 10 minutos da soalheira Praça do Giraldo. A praça honra o Geraldo Geraldes, conhecido como Geraldo Sem Pavor, que se oferece para tomar Évora aos mouros – está representado no brasão da cidade.

No século XII, é fundada a Ordem Militar de São Bento de Avis para defender a cidade. No século XIV, o seu mestre terá um papel fundamental na manutenção da independência de Portugal, coroado como Dom João I após a batalha de Aljubarrota.

Cavaleiro da Ordem de Avis no século XIV por Alberto Cutileiro

Nesta praça pacata, foi executado o maior nobre português do século XV: o Duque de Bragança que conspira contra Dom João II (Príncipe Perfeito) da Dinastia de Avis.

As muralhas medievais ainda cercam algumas áreas – na periferia verá o curso do antigo Aqueduto Água Prata (século XV) projetado por Francisco Arruda que também desenhou a Torre de Belém em Lisboa.

Aqueduto Água Prata, evora o que visitar
  • Coordenadas: 38.575992,-7.9130111

Visitar o Templo Romano e Termas Romanas

  • Coordenadas: 38.57259,-7.907294

O gracioso Templo Romano (século I) fica no coração da parte velha. A sua atribuição à Diana é fantasiosa; o Imperador Augusto é a alternativa provável – era venerado como se fosse um deus.

A cidade, no período romano, é conhecida como Ebora. Por ser fiel a Júlio César durante a guerra civil ganha o Título de Ebora Liberalitas Iulia.

No século V, é invadida pelos povos germânicos. Destruíram o templo, sobraram apenas as colunas. Com o passar dos séculos é reutilizada pela Inquisição e até como matadouro (até 1870).

Apesar disso, é o templo romano mais bem preservado em Portugal; 14 colunas de granito com capitéis coríntios e um entablamento em mármore.

No pequeno jardim de frente para o templo tem um quiosque-bar donde vê outra preciosidade na proximidade da câmara – termas romanas.


Onde Dormir – Pousada Convento de Évora e Igreja São João Evangelista

  • Coordenadas: 38.572586, -7.907099

De frente para o templo, tem o interessante Convento (século XV), agora a belíssima Pousada de Évora. Adjacente está a belíssima igreja, dedicada a São João Evangelista.

Ao passar o portal gótico, vê azulejos extraordinários que vão das paredes ao teto – obra-prima de António Oliveira Bernardes do século XVIII.

Retratam momentos da vida de São Lourenço, fundador da ordem dos Lóios. Escondido entre os bancos, 2 pequenos alçapões revelam uma cisterna moura (a igreja e convento foram construídos sobre um castelo mouro).

Catedral de Évora, Portugal

  • Coordenadas: 38.571779,-7.906986

A magnífica Sé de Évora foi iniciada em 1186, cerca de 20 anos após a conquista de Évora. A austeridade das torres, com as ameias originais, contrasta com os arcos góticos, adições posteriores nomeadamente na varanda e janela central.

O cariz gótico acentua-se no interior e o altar-mor foi remodelado no século XVIII, por Friedrich Ludwig (arquiteto do palácio-convento de Mafra). O seu museu está recheado de tesouros, como um relicário cravejado com 1426 pedras preciosas.


Igreja da Misericórida

  • Coordenadas: 38.570523,-7.90661

No largo vizinho, a Igreja da Misericórdia (século XV) se revela em estilo barroco e de interior elegante. No final da rua, Largo da Porta de Moura, descobre uma bonita fonte de mármore.


Paço de São Miguel

  • Coordenadas: 38.572722, -7.905612

A 5 minutos da igreja, pela rua do Conde da Serra da Tourega, surge o resistente Paço de São Miguel, casa medieval donde se hospedou reis como Dom Fernando e notáveis como o Condestável Nuno Álvares Pereira – por algum tempo foi o seu quartel-general (século XIV).

Hoje em dia, o que mais o distingue são as suas pinturas e a decoração típica dum Portugal nobre do século XVI.

Aqui, durante as cortes de Évora (1481), Dom João II torna claro aos nobres que exige subjugação, pois herda um reino controlado pelos interesses dos grandes e isto não mistura com a sua personalidade.

O maior deles, o Duque de Bragança, é obrigado a vergar-se na frente de todos. Dom João II sabia que, ao provocá-lo, este reagiria impetuosamente: não tardou a ter inequívocas provas que ativamente procurava: traição com os reis de Castela.

Por isto, foi executado na Praça Giraldo. Dom João II diria: “Eu sou o senhor dos senhores, não o servo dos servos.” 

A esposa do rei (Leonor de Lencastre) era uma mulher de grande humanidade, mas também de personalidade forte. Já em adolescentes era indiscutível a ligação entre ambos e Leonor ficou conhecida como Princesa Perfeitíssima.


Universidade de Évora – Colégio do Espírito Santo

Universidade de Évora, Portugal
  • Coordenadas: 38.573145,-7.90566

A poucos metros, descobre a universidade, sediada no distinto Colégio do Espírito Santo, a 2.ª mais antiga do país. Paga pelo cardeal Dom Henrique (1559), o irmão do rei João III (filho de Dom Manuel o sucessor de Dom João II).

O cardeal, que muito fez para trazer os Jesuítas para Portugal, torna-se regente e orientador de Dom Sebastião. Para essa promoção foi vital o papel do diplomata Lourenço Pires de Távora.

Dom Sebastião, já maior de idade, desentende-se com o cardeal, a máxima autoridade da Inquisição em Portugal. Ironicamente, acaba por ser o último rei da Dinastia de Avis, quando Sebastião desaparece em Marrocos.

Portugal, desguarnecido da sua nata militar, acaba temporariamente anexado a Espanha.

Após a restauração da independência, o Colégio é fechado pelo poderoso Marquês de Pombal que persegue os jesuítas com ferocidade. O Marquês também está por detrás do processo contra a família Távora.

O colégio só reabre em 1970 e é dos cantos mais animados da cidade. As colunas de mármore e a fachada clássica foi esculpida por um jesuíta – as 2 figuras no alto simbolizam o poder real (com o sol e o cetro na mão) e o da igreja (com a lua e báculo episcopal). Entre para apreciar o belo teto de pau-brasil.


Igreja da Graça

  • Coordenadas: 38.571431,-7.913502

A um quarteirão, caminhada de 10 minutos, avista a refinada Igreja da Graça (século XVI) na rua da Graça.

Em cada um dos cantos do frontão da igreja, surge o titã Atlas, figura mitológica que segura o peso do globo – parte do emblema do Dom Manuel que carrega o vasto império ultramarino cobiçado por todas as nações. Era o irmão mais novo da Leonor de Lencastre, a Princesa Perfeitíssima.

A 300 metros, na rua de Cicioso, reside a charmosa Pastelaria Conventual Pão de Rala, para muitos a melhor e a mais antiga da cidade. As paredes são enfeitadas por visitas de ilustres, amigos e por prémios.

  • Coordenadas: 38.568491, -7.905185

É o lugar para experimentar o tradicional Pão de Rala, sobremesa que nasce duma visita do Dom Sebastião à cidade no século XVI. Para além do tradicional pão de rala existem outros doces fantásticos.


Igreja de São Francisco e Capela dos Ossos

  • Coordenadas: 38.568966,-7.908634

A escassos metros do elegante templo, no lado oriental da Praça 1.º de maio, emerge a Igreja de São Francisco que contém dos monumentos mais dramáticos – a Capela dos Ossos; paredes e pilares construídas a partir dos ossos de mais de 5000 monges.

Durante os séculos XV e XVI, havia 42 cemitérios monásticos e este espaço era necessário. Há humor sombrio na inscrição “Nós ossos que aqui estamos pelos vossos esperamos”… O resto da Praça 1.º de maio nos seduz com esplanadas agradáveis.

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