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O que fazer no Castelo de São Jorge e arredores (Lisboa)

Sé de Lisboa

  • Coordenadas:38.709879,-9.132584

Imponente sob uma encosta, de vista gloriosa para a Baixa, a Sé de Lisboa comemora a conquista da cidade de Lisboa aos mouros em 1147. Ocupa o local da antiga mesquita da al-Ushbuna.

Tem uma aparência adequada de fortaleza, semelhante à de Coimbra. Outrora embelezada sob as ordens de Dom João V (século XVII), os caprichos rococós caem no terramoto de 1755.

Para aceder ao seu tesouro, precisa de comprar 1 bilhete. Descobrirá o corpo de São Vicente trazido do Cabo de São Vicente numa altura em que Algarve faz parte do território islâmico.

Foi uma promessa de Dom Afonso Henriques pela conquista de Lisboa. Segundo a tradição, a viagem é acompanhada por 2 corvos, que ajudaram na localização do corpo do santo.Torna-se padroeiro de Lisboa, muito antes de Santo António (o popular padroeiro).

Vicente era um religioso cristão do século IV que recusa idolatrar outras divindades. Por isso, morto pelos romanos.

Igreja de Santo António

De frente para a Sé, descobre a Igreja de Santo António, local donde nasceu o outro padroeiro da cidade. A sua vida é narrada no museu vizinho.

  • Coordenadas: 38.709985,-9.1340557

Santo António conhece pessoalmente São Francisco de Assis em Itália. Torna-se membro singular na ordem e professor da Teologia dos Franciscanos. Passado apenas 10 meses da sua morte, é canonizado. Em Itália, a Basílica de Pádua e toda a cidade está-lhe consagrada.

Para o Castelo

O Elétrico E28 da Baixa passa perto da Sé e Santa Luzia, Largo das Portas do Sol, até ao Castelo. Do Rossio, tem o autocarro 37 que parte da Praça da Figueira com rota similar até a uma das entradas do Castelo de São Jorge.

Teatro Romano

Caminhando da Sé ao castelo, em 5 minutos chega às ruínas do Teatro Romano da Lisboa romana (Olissipo). Tem mais de 2 000 anos, é do tempo do imperador Augusto – verá vários achados no pequeno museu com explicações multimédias.

Ruínas do Teatro Romano
  • Coordenadas: 38.71046,-9.132354

Aqui foram representadas peças de Teatro durante 5 séculos. Teria uma capacidade para 3 000 pessoas, com 3 níveis de bancada e uma volumetria superior à Sé de Lisboa.

Miradouro da Santa Luzia

Miradouro de Santa Luzia
  •  Coordenadas: 38.711846,-9.130363

Um pequena subida na colina e chega à Igreja da Santa Luzia e ao adjacente Miradouro da Santa Luzia com maravilhosas vistas do rio Tejo.

Recupera-se o fôlego e aprecia-se as vista antes do empurrão final até ao castelo.


Museu Escola de Artes Decorativas

  • Coordenadas: 38.712054,-9.130526

No Largo das Portas do Sol, tem a Fundação Espírito Santo Silva, casa do Museu Escola de Artes Decorativas. Nasce da coleção particular do banqueiro Ricardo do Espírito Santo Silva, que a oferece à nação em 1953.

Espírito Santo Silva resgatou muito património português que estava à venda noutros países.

Como destaque tem a impressionante tapeçaria que descreve um desfile de girafas (Cortejo Triunfal de Girafas – 1506) comemorando a chegada do portugueses à Índia; não esquecendo os maravilhosos tapetes de Arraiolos e as colchas orientais (século XVII).


Largo das Portas do Sol

Miradouro Portas do Sol
  • Coordenadas: 38.711927, -9.129996

No terraço do Largo das Portas do Sol, as vistas são enormes: sempre presente o Tejo. Ao lado, a pequena rua Norberto de Araújo nos revela um segmento da muralha islâmica.


No século XII, os panos de muralha rondariam os 8-10 metros de altura (as torres seriam mais altas).

Antes de aceder ao castelo, os portugueses têm que conquistar a muralha moura. No interior, estava o grosso da população que defendia as várias áreas da cidade (Medina, Alcáçova e o Castelo que é o último reduto).

Representação de Lisboa no século XII- Jaime Martins Barata

Castelo de São Jorge

O seu nome advém do padroeiro das cruzadas e dos cavaleiros. É dos melhores monumentos de Lisboa; lugar agradável para passear por meio das muralhas com vista privilegiada da cidade.

  • Coordenadas: 38.713909,-9.133476

Após o cerco de 3 meses, Dom Afonso Henriques conquista o castelo da al-Ushbuna (século XII).

Para além da tradicional ajuda dos templários, teve o apoio dos cruzados que se deslocavam para a Terra Santa. A população moura é obrigada a sair do recinto muralhado, habitando a área norte das muralhas originando o bairro da Mouraria.

Os reis portugueses residiam na Alcáçova (cruzando a porta de São Jorge estamos na Alcáçova), mas com o tempo rumaram para o novo palácio no Terreiro do Paço na Praça do Comércio.

Da Alcáçova permanece a secção que abriga Olisipónia: exposição multimédiade 35 minutos detalha a história de Lisboa.

Reza a lenda que durante o cerco à Al-ushbuna, o cavaleiro Martim Moniz apercebe-se duma porta entreaberta e dá a vida para evitar o fechar da porta. Assim, os colegas entram no castelo.

Pode visitar esta porta no castelo (conhecida como a do Martim Moniz). É homenageado pela praça com o seu nome na área no sopé do castelo (atual Mouraria).

Praça Martim Moniz


A norte do castelo, a Calçada da Graça guia-nos ao Miradouro Sophia de Mello Breyner, homenagem à importante poetiza portuguesa do século XX.

Miradouro Sophia de Mello Breyner

É também conhecido como Miradouro da Graça – com vistas deslumbrantes da cidade.

  • Coordenadas: 38.716249, -9.131565

Para Sul do Castelo de São Jorge em direção ao rio Tejo:

Descendo da Sé em direção ao rio, a igreja da Conceição Velha surge na Rua da Alfândega. Foi danificada pelo terramoto, mas ainda na posse do seu magnífico portal de manuelino (XVI).

Igreja da Conceição Velha

  • Coordenadas: 38.708914,-9.134249

No interior descortina a imagem da Nossa Senhora de Belém, encomendada por Infante Dom Henrique. Ficava numa ermida da ordem de Cristo em Belém (demolida para a construção do Mosteiros de Jerónimos).

Nossa Senhora de Belém

Vasco da Gama rezou a esta imagem antes de iniciar a sua aventura em direção ao subcontinente outrora conhecido como Indostão (atual Índia, Paquistão, Bangladesh, Nepal e Butão). Três anos depois, Pedro Álvares Cabral faz o mesmo…


Casa dos Bicos

Casa dos Bicos
  • Coordenadas: 38.70903,-9.13268

Cinco minutos a pé para leste, na Rua dos Bacalhoeiros, ergue-se a curiosa Casa dos Bicos. Construída em 1523 pelo riquíssimo Brás do Albuquerque, filho de Afonso de Albuquerque. O arquiteto é o Francisco de Arruda, o mesmo da Torre de Belém.

Apenas a fachada em ponta de diamantes sobrevive ao terramoto de 1755. Alberga a Fundação de José Saramago (prémio Nobel da Literatura) e um pequeno núcleo arqueológico com tanques romanos de salga de peixe e peças das muralhas.

Há milhares de anos, o rio chegava aqui. Já no século III havia uma muralha romana, ampliada pelos muçulmanos. Foi demolida no século XV.

  • Coordenadas: 38.713513, -9.123284

Do outro lado da movimentada Avenida Infante Dom Henrique, tem o Jardim do Tabaco: armazéns convertidos em restaurantes, esplanadas de belas vistas.

Bem perto, verá a Estação Ferroviária de Santa Apolónia, edifício de estilo neoclássico (século XIX)- dos principais terminais ferroviários em Lisboa.


 Museu Militar de Lisboa

Próximo de Santa Apolónia, tem o maior Museu Militar em Portugal, com especial destaque para a artilharia, nomeadamente na Sala de Vasco da Gama com uma coleção de antigos canhões.

  • Coordenadas: 38.712401,-9.12487

No século XVI, a artilharia portuguesa era considerada a melhor do mundo; enquanto a artilharia da época é carregada pela boca, os portugueses carregam pela culatra: 6 vezes mais rápido.

O museu abrange várias épocas desde a reconquista cristã até à I Guerra Mundial, com destaque para obra A Rendição de Adriano Sousa Lopes, que viu em direto (1918) os soldados exaustos a saírem da área de combate.

A Rendição

Alfama

É uma ironia do destino que a parte mais antiga de Lisboa sobreviva ao terramoto de 1755. Em tempos árabes, era a área mais grandiosa, e continuou a sê-la depois da reconquista.

Arcos de Jesus – Alfama
  • Coordenadas: 38.709232, -9.130897

Porém, com o tempo a nobreza sai e é ocupada pela comunidade portuária. É o lugar para se estar nas “Festas dos Santos Populares” (sobretudo no dia 12 de junho), com barracas em cada esquina e música até ao amanhecer.

Festas dos Santos Populares em Alfama
Festas dos Santos Populares em Alfama

Aqui a vida continua como em décadas anteriores: crianças brincam na rua e nas escadarias íngremes. Após andanças pelo bairro, eventualmente chega ao animado Largo do Chafariz de Dentro.

Largo do Chafariz de Dentro
  • Coordenadas: 38.711259, -9.127929

No largo encontra a Casa do Fado e da Guitarra Portuguesa que narra a história do fado e da guitarra portuguesa por imagens e sons. Com uma loja e pequeno café.

  • Coordenadas: 38.711126,-9.127608

O fado é fortemente caracterizado por melodias melancólicas, guitarradas e letras nostálgicas de melhores tempos. É semelhante à Morna de Cabo Verde, que pode estar historicamente ligada ao fado.

O Fado remonta ao século XIX, com origem nos bairros portuários de Lisboa (como Alfama ou o Bairro Alto).

Igreja e Mosteiro de São Vicente de Fora

  • Coordenadas: 38.714888,-9.12765

O 1.º Rei de Portugal considerou os cristãos que morreram na batalha por Lisboa como mártires e grande parte enterrada aqui. Um templo foi erguido consagrado a São Vicente.

é substituído pela atual Igreja e Mosteiro de São Vicente de Fora construída durante o breve domínio espanhol (Filipe II de Espanha). É a maior obra religiosa deste período (fins do século XVI e meados do XVII).

A cisterna é do século XII e fazia parte do templo construído por Dom Afonso Henriques.

Cisterna

Após a restauração da independência, a igreja foi alvo de embelezamentos, nomeadamente na sacristia.

Sacristia do Mosteiro

Desde 1855, é a casa do Panteão da Casa de Bragança. Aqui descansam os corpos de Dom João IV que restaurou a monarquia e de Dom Manuel II que a perdeu. Também repousa aqui Catarina de Bragança, a viúva de Charles II creditada com a introdução do “Chá das Cinco” na Inglaterra.


Feira da Ladra e Santa Engrácia

Feira da Ladra
  • Coordenadas:38.715592,-9.125462

A Feira da Ladra enche o Campo de Santa Clara na margem oriental de Alfama – terças e sábados (9 da manhã – 3 da tarde). Não é o maior mercado do mundo, mas descortina artigos interessantes: excentricidades e gravuras antigas.

Pode chegar aqui pelo elétrico E28 que vem da Baixa, ou pelo autocarro 712 que corre entre Santa Apolónia e a Praça Marquês de Pombal.

Nos arrabaldes tem a Igreja Santa Engrácia – a mais alta na cidade. Iniciada em 1682, foi outrora sinónimo de obra inacabada (a cúpula só é concluída em 1966).

  • Coordenadas: 38.714994,-9.124683

Desde 1916, é o Panteão Nacional, abrigando túmulos de eminentes figuras: ex-presidentes, o escritor Almeida Garrett e a Amália Rodrigues, a famosa cantora de fado.


Museu Nacional do Azulejo

  • Coordenadas: 38.724742,-9.114143

A leste da estação de Santa Apolónia, na rua da Madre de Deus, descobre o Museu Nacional do Azulejo, instalado no Mosteiro da Madre de Deus (século XVI). Com interior barroco, reconstruído após o terramoto de 1755 e um belo claustro.

O museu traça a história do azulejo dos dias dos mouros até ao presente. A palavra azulejo deriva do árabe الزليج (al-zellige) que significa “pedra polida” e visava imitar os mosaicos romanos.

O final do século XVII e início do século XVIII é a Era de Ouro do azulejo português: igrejas, mosteiros, palácios (e até casas) revestidas por dentro e por fora com azulejos e elementos barrocos.

O que visitar perto: