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O que visitar em Vila Viçosa, Portugal

O que visitar em Vila Viçosa? É uma vila encantadora e desconhecida, localizada no Alentejo, conhecida como “Princesa do Alentejo”.

Com um patrimônio histórico e arquitetônico rico, como o Terreiro do Paço, Convento e Igreja dos Agostinhos, Convento das Chagas de Cristo e Paço Ducal de Vila Viçosa.

 A vila é uma excelente escolha para aqueles que desejam desfrutar de uma bela paisagem, sem se preocupar com o ritmo acelerado da vida moderna.

A vila-museu dominada pelo seu elegante palácio – autocarros de turistas descem para uma visita rápida. Fica a 30 km de Elvas e de Estremoz, a 70 km de Évora (1 hora de carro pela A6).

O Palácio Ducal de Vila Viçosa foi a última residência da monarquia portuguesa. Dom Carlos passou a sua última noite aqui, antes do seu assassinato na frente ribeirinha de Lisboa.

Dom Carlos
Dom Carlos

A Casa de Bragança governou até à fundação da República (1910); descende da filha de Nuno Alvares Pereira e do filho, ilegítimo, de Dom João I.

Com uma escolha sumptuosa de palácios (os mais famosos em Mafra, Sintra e Queluz), a Casa sempre teve um carinho especial por Vila Viçosa. Estabelece Estremoz como a sua sede no século XV.

Este edifício começa a ser construído em 1501. Em meados do século XVI, a fachada de mármore encontrava-se já numa fase avançada – época em que são Duques de enorme poder. Sobem ao trono no século XVII.

Paço Ducal, Visitar Vila Viçosa

A ampla praça, Terreiro do Paço, é a morada do Paço Ducal. Pode ser visto numa hora: a casa das armas, tesouraria e a coleção de porcelana chinesa fazem parte do complexo.

  • Coordenadas: 38.782048,-7.421519

As fotografias de família estão penduradas nas paredes e a mesa posta para o jantar: parece aguardar o retorno da realeza.

No teto da Sala dos Tudescos estão uma bela série de quatros que representam a família Bragança, começando pelo Rei Dom João I e Nuno Álvares Pereira – obra encomendada por Rei Dom João V ao italiano Domenico Duprà, o pintor real.

Após a implantação da República a família real foi proibida de entrar em Portugal até 1950 – Dom Duarte nasce na embaixada portuguesa (1945) em Berna (Suíça), para garantir o eventual direito de sucessão.

Núcleo do Museu Nacional dos Coches

Museu Nacional dos Coches – Núcleo de Vila Viçosa

Na antiga cavalariça habita agora o Núcleo do Museu Nacional dos Coches em Vila Viçosa – o núcleo tem mais de 60 coches.

Igreja e Convento dos Agostinhos

ver a Igreja e Convento de São Agostinho

Os duques de Bragança foram enterrados de frente ao Paço Ducal, em túmulos de mármore (Panteão da Memória) na capela da Igreja e Convento dos Agostinhos (século XIII).


Convento das Chagas de Cristo

visitar Convento Real das Chagas de Cristo

As duquesas tinham o seu próprio mausoléu: no antigo Convento das Chagas de Cristo (século XVI) ao lado do palácio, agora Pousada Dom João V.


Porta dos Nós

Porta dos Nós, o que fazer em Vila Viçosa
  • Coordenadas: 38.783345, -7.421076

Da praça, caminhe um pouco até a estrada fora da vila (a de Borba), e do lado esquerdo avista a Porta dos Nós – um portal de pedra manuelino com o símbolo do nó da família Bragança.

 

Pelourinho em mármore de Vila Viçosa

  • Coordenadas: 38.780491, -7.417058

A parte moderna do povoamento se espalha à volta do palácio, mas a povoação original estava contida nas muralhas. A Avenida dos Duques de Bragança corre da praça do Paço do Ducal ao morro do Castelo.

Pelo caminho, passa pelo Pelourinho em mármore de Vila Viçosa (século XVI): em estilo manuelino – cerca de 8 metros.

Após a crise de 1383-1385, Vila Viçosa é domínio de Dom Nuno Álvares Pereira que, mais tarde, doa-a ao neto que nasce em Vila Viçosa: Fernando I, o afamado 2.º Duque de Bragança.

Foi uma importante voz contra a rendição da Ceuta portuguesa em troca dum príncipe português (Dom Fernando que morre em cativeiro no norte de África).

Não é só uma voz: participa, com os filhos, na conquista de Alcácer Ceguer (atual Marrocos). E quando Dom Afonso V parte para África para conquistar Arzila, é em Fernando I que confia o reino.

Outra ilustre da terra é o Martim Afonso de Sousa, comandante da 1.ª expedição portuguesa ao coração do Brasil. O seu irmão, Pero Lopes de Sousa, relata a sua aventura no Diário da Navegação da Armada que foi à terra do Brasil (século XVI).

Martim Afonso de Sousa
Martim Afonso de Sousa

Mais tarde, é o Governador da Índia portuguesa. Defende a feitoria de Diu, derrotando várias forças navais e o soberano de Calecute… Nesta altura, Portugal envia-lhe toneladas e toneladas de cobre para a sua artilharia.

O cobre também era empregue na cunhagem da moeda portuguesa em Goa – o bazaruco. A dada altura, Martim Afonso de Sousa reduz a quantidade de cobre no bazaruco sem mudar o valor facial. Assim, produz mais moedas e paga salários, despesas, com o mesmo número de moedas.

Em pouco tempo, os comerciantes regionais exigem 2 bazarucos quando no passado 1 seria suficiente. Sem dó nem piedade, esta inflação reduz (para metade) o poder de compra dos soldados e residentes em Goa.

A desvalorização excessiva do bazaruco só é interrompida pelo novo governador da Índia: João de Castro (exímio cavaleiro e discípulo do matemático Pedro Nunes).

Não se tratou necessariamente de enriquecimento ilícito,  apesar de haver alguns indícios. Em momentos de desespero, todos os governantes se financiam pela expansão monetária.

Quando o fazem de forma muito acelerada face à produção real, iniciam o declínio da sua moeda e autoridade – algo que ocorreu com todos os impérios europeus. Como diria Mark Twain: “A história não se repete, mas muitas vezes rima”.

Visitar o Castelo de Vila Viçosa

  • Coordenadas: 38.779976,-7.414872

O Castelo de Vila Viçosa foi construído por Dom Dinis, finais do século XIII. Foi a sede da Casa de Bragança até à conclusão do palácio. O interior foi renovado e abriga um museu dedicado à caça e arqueologia.

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