Venha visitar Sintra! Conhecida por palácios que parecem saídos de sonhos, esconde também praias selvagens, abraçadas pelo Parque Natural Sintra-Cascais. Para um guia sobre a capital: O que visitar em Lisboa.
Viradas a oeste, são lugares de ventos mais fortes, águas geladas, mas de pureza incontestável.
São santuários para surfistas e para quem busca a crueza da natureza. Falésias altas, rochedos escarpados e enseadas secretas definem o cenário.
A Praia das Maçãs é famosa por suas areias históricas e o antigo elétrico que liga à cidade.
Azenhas do Mar tem casas penduradas em arribas e uma praia que quase desaparece na maré alta.
Praia do Magoito é o refúgio de famílias e surfistas, enquanto São Julião e Adraga encantam com suas belezas naturais.
Ursa, perto do Cabo da Roca, é um segredo quase inacessível, e as praias Grande e Pequena do Rodízio atraem amantes do surf.
1. Praia das Maçãs
A Praia das Maçãs, um retrato de Sintra que evoca o aroma das maçãs arrastadas pelo rio no outono, tem histórias enraizadas nas suas areias.
Uma vez refúgio da nobreza, é hoje o santuário das famílias de Sintra e Lisboa.
O mar agitado e o nevoeiro matinal não dissuadem os visitantes.
O areal estende-se por 250 metros, flanqueado por rochas e moldado por ondas que, embora generosas, não são as escolhidas pelos surfistas.
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Restaurantes e cafés, com suas esplanadas, garantem o sabor da tradição e vistas sobre o mar.
E o elétrico antigo de 1904, que liga Sintra à praia, ronrona por entre a serra e o mar, num passeio que é hoje mais uma atração do que um transporte.
Mas a Praia das Maçãs não é só mar. Duas piscinas de água salgada, uma olímpica e outra infantil, oferecem uma alternativa ao mar bravo.
Equipada para satisfazer, a praia tem todos os serviços essenciais – desde o aluguer de espreguiçadeiras às áreas de piquenique, passando por bares e um parque infantil. É vigiada
2. Praia das Azenhas do Mar
Azenhas do Mar, com seu casario branco que parece desafiar a gravidade nas arribas, é uma tela viva de cores e contrastes.
Uma aldeia que outrora ecoava os gritos dos pescadores e que inspirou pintores e artistas, como Júlio Pomar ou Emílio da Paula Campos.
A praia, com um areal de apenas 30 metros, desaparece quase por completo na maré alta.
Mas a pequenez da orla é compensada pela vastidão da vista e pela piscina oceânica que se enche e esvazia ao ritmo das marés.
É possível degustar peixe fresco no restaurante que fica aninhado entre o mar e a piscina, aberto o ano inteiro, prometendo sabores que só uma aldeia piscatória pode oferecer.
E enquanto o restaurante celebra o mar em seus pratos, os nadadores-salvadores, de olhos atentos, zelam pela segurança dos banhistas.
Nas ruas de Azenhas, casas contam histórias de arquitetura, mesclando o moderno com o tradicional, como os azulejos que adornam suas fachadas.
Chegar a Azenhas do Mar é uma jornada. De Lisboa, é possível ir de carro ou combinar comboio e autocarro. E, ao chegar, cada cantinho parece pedir uma fotografia.
3. Praia do Magoito
A Praia do Magoito, escondida para lá das rochas da Praia da Aguda, é o refúgio de famílias de Sintra e surfistas que desafiam suas ondas.
Turistas raramente se aventuram até aqui, o que lhe confere um charme autêntico e um sossego desejado.
Fora do bulício das grandes aglomerações, o Magoito torna-se ainda um local de eleição nas estações mais frias.
As águas, ricas em iodo, atraem visitantes que buscam as suas propriedades terapêuticas.
Outros são cativados pela vista do restaurante que se debruça sobre a praia, onde o mar serve de fundo para um jantar inesquecível.
Mas não é apenas o mar que detém histórias aqui.
Uma duna fóssil, testemunho do poder combinado do vento e das ondas, ergue-se como um monumento natural.
Para os amantes do surf, esta é uma praia de eleição, com ondas desafiadoras e um espírito comunitário forte entre os locais.
Comodidades como WC, duches e restaurante facilitam a estadia. Do coração de Lisboa, a viagem até o Magoito pode ser feita de carro ou combinando comboio e autocarro.
4. Praia de São Julião
Num recanto onde o Rio Falcão rasga a terra, a Praia de São Julião estende-se, quase como um segredo. Dois quilómetros de areal espreitam entre Sintra e Mafra.
Um espaço partilhado, mas dominado por Sintra.
Os amantes do mar, aqueles que surfam e aqueles que pescam, encontram nela um santuário. O Atlântico, selvagem e imprevisível, torna-se dócil nos dias de verão.
As arribas recortam a paisagem, vigiadas por nadadores-salvadores e banhistas que se abrigam em bares escondidos.
Mas o verdadeiro segredo de São Julião não está na areia ou nas ondas, está num local elevado, no Café Gota d’Álcool.
Aqui, com uma bebida na mão e uma vista panorâmica, o espetáculo do pôr do sol faz a praia brilhar de um jeito especial.
E se dinheiro for uma preocupação, um miradouro próximo oferece a mesma vista deslumbrante.
5. Praia da Adraga
Envolvida em rochas calcárias que contam histórias do jurássico, a Praia da Adraga é um retrato vivido, esculpido pela natureza.
As suas falésias, imponentes, protegem uma areia fina que acolhe os pés dos visitantes. No verão, nadadores-salvadores são sentinelas nesta joia quase oculta.
Do lado esquerdo, pescadores perdem-se na caça de peixes, enquanto a zona norte, mais reservada, vê a pele dos nudistas tocar o sol.
E entre os segredos que Adraga guarda, a Pedra de Alvidrar e as grutas emergem como protagonistas.
Embora escondida, sua fama já a colocou entre as melhores praias da Europa. Poucos turistas, a maioria vindos de Sintra e Lisboa, se aventuram por aqui.
Alguns são atraídos pelo sabor do mar servido no restaurante à beira da praia, enquanto outros se perdem nas grutas na maré baixa.
Mas todos são cativados pela sua beleza crua. A viagem de Lisboa? Apenas de carro, mas cada quilómetro vale a pena.
6. Praia da Ursa
Perto do Cabo da Roca, onde a Europa beija o oceano, a Praia da Ursa se esconde, encurralada entre o tempo e as marés.
Cada passo na descida, por mais desafiante que seja, revela vestígios de um Atlântico incansável, esculpindo um santuário de beleza bruta.
Porém, não é apenas a natureza que conta histórias aqui: a lenda fala de uma ursa, transformada em pedra pelos deuses, congelada num último abraço com seus filhotes.
Sem o conforto das infraestruturas modernas, a maré determina o espaço disponível no areal, mas na maré baixa, as enseadas abrem caminho a deliciosos segredos.
O apelo da Praia da Ursa, outrora um segredo bem guardado, tem sido amplificado por lentes e levando mais aventureiros a este canto selvagem, a mais ocidental das praias europeias.
O Atlântico pode ser imprevisível, mas os visitantes encontram consolo nas vistas e na liberdade do naturismo.
Como chegar? Somente de carro, partindo de Lisboa.
7. Praia Grande do Rodízio
Suas extensas areias, que se estendem por mais de dois quilómetros, tornam-na a maior praia de Sintra, uma verdadeira grandeza que não deixa ninguém indiferente.
Um dos grandes atrativos desta praia são as pegadas de dinossauros, fossilizadas e imortalizadas nas falésias que ladeiam o areal.
Estas marcas, que datam de cerca de 170 milhões de anos atrás, transportam-nos para uma época em que gigantes dominavam a Terra.
As suas ondas têm conquistado corações ao longo dos anos. Surfistas e bodyboarders de todas as idades deslizam pelo mar de Sintra, tornando esta praia um dos destinos prediletos para os amantes destes desportos.
De facto, já foi palco de grandes competições europeias e mundiais, validando sua reputação como uma das melhores praias para surf e bodyboard.
No norte, uma magnífica piscina oceânica aguarda os visitantes. Reclamando o título de maior piscina de água salgada da Europa, esta é a opção perfeita para aqueles dias em que o Atlântico se mostra mais agitado. Com vistas de tirar o fôlego.
Está equipada com várias comodidades, incluindo WC, duches, aluguer de chapéus, e uma variedade de cafés e restaurantes. Acessibilidade e estacionamento não são um problema.
A partir de Lisboa, pode-se optar por viajar de carro ou combinar comboio e autocarro.
8. Praia Pequena do Rodízio
A Praia Pequena do Rodízio desafia o seu nome, ostentando mais areia do que as palavras poderiam sugerir.
Vizinha da imponente Praia Grande, esta praia se revela como refúgio para banhistas e pescadores, enquanto o vento se ausenta em sua zona norte.
Robalos e sargos são as estrelas do mar aqui, mas é o polvo e o marisco que ocupam as mãos diligentes dos pescadores.
Surfistas e bodyboarders encontram nesta praia o sabor do mar que tanto desejam.
No entanto, a paisagem traz seus riscos: as encostas, compostas por calcários margosos, sussurram ameaças de deslizamentos, um eco da fragilidade da terra sob os pés.
A natureza sempre encontra maneiras de nos lembrar da sua força, mesmo em lugares de beleza tão tranquila.
Ainda que medidas tenham sido tomadas, o perigo persiste, tornando a Praia Pequena um local de beleza e cautela, onde o sol beija a areia e as rochas.
9. Praia da Aroeira
Aroeira, praia selvagem, escondida atrás do Cabo da Roca. Não é para crianças.
O caminho até lá, repleto de desafios, pedras que podem ceder, trilhas que enganam. Mas quando se chega, a recompensa.
Falésias majestosas que protegem um pedaço de areia e mar, um refúgio da agitação do mundo.
A maré baixa torna-a ainda mais encantadora. Um raro silêncio na costa acidentada de Portugal.
10. Praia da Samarra
Samarra, um canto escondido de Sintra. Enseada profunda, cercada por falésias íngremes, trazendo um silêncio que só é interrompido pelo mar a beijar as pedras.
Descer é um desafio, mas o que espera lá em baixo compensa: um areal pequeno, o raro cravo-romano entre as arribas.
Não é para todos, é para os que buscam o silêncio, a natureza quase intocada.
Um lugar onde as vozes humanas são ofuscadas pela melodia das ondas.
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