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O que fazer em Torres Vedras

O que fazer em Torres Vedras? O panorama é marcado extensos vinhedos, e costas douradas tocadas pelas águas cintilantes do Atlântico a 40 mintuos de carro de Lisboa (leia: O que visitar em Lisboa).

Há quem diga, e não sem razão, que muitos escolhem este espaço, porque tem aquilo que o coração luso anseia: qualidade de vida a preços ajustados aos rendimentos da classe média.

E nesta ânsia, o betão, invasivo como erva daninha, engoliu a antiga vila. Agora, visa-se uma dança mais harmoniosa.

A costa se estende por 20 km, com praias de rara beleza em Santa Cruz. E quando se recolhe do verão, a cidade vive com mais alegria ao som do seu peculiar Carnaval.

Visitar Torres Vedras
Conteúdo

Roteiro do que visitar e fazer em Torres Vedras

1. Visitar Castelo de Torres Vedras

Sobre a colina que guarda memórias, repousa um castelo de amplas vistas. O caminho até lá é estreito e íngreme.

Embora os cavalos de ferro modernos podem alcançar o seu cume, é a pé que se sente o pulsar de suas pedras.

Os romanos estabeleceram-se primeiro, e após eles, os homens do Islão ergueram as suas muralhas. Até que os portugueses, conduzidos pelo fervor de Dom Afonso Henriques, tomaram essa sentinela no século XII.

O primeiro rei de Portugal deu essas terras a Dom Fuas Roupinho, guerreiro de lenda e fé, cujo nome ecoa em mitos: almirante e templário. A Lenda de Nazaré (leia visitar Nazaré) conta que a Virgem da Nazaré o protegeu.

Representação de Dom Fuas Roupinho
Representação de Dom Fuas Roupinho

Mais tarde, nestas salas de pedra, Dom João I sonhou com a conquista de Ceuta que deu início à expansão portuguesa pelo mundo.

E não podemos esquecer que o castelo, tal escudo firme, barrou a ambição de Napoleão, fazendo parte das Linhas de Torres (1809).

2. Ver a Igreja de Santa Maria do Castelo

Nas muralhas robustas do castelo, encontra-se a Igreja de Santa Maria do Castelo, tal pérola delicada no seio da sua concha. Erguida por vontade de Dom Afonso Henriques.

Singular na sua estrutura, com duas torres: uma dedicada ao toque dos sinos, outra ao contar do tempo. Ao entrar, o altar-mor nos revela a venerada imagem quinhentista de Santa Maria. Do lado de fora, a vista estende-se.

3. Visitar o Chafariz dos Canos

No coração urbano, na rua do cândido do rei, repousa o imponente Chafariz dos Canos, relíquia gótica e testemunha dos tempos de Dom Dinis (século XIV).

Situa-se junto ao portal antigo da vila medieval, onde outrora os habitantes buscavam o líquido vital que dele jorrava. A presença do espelho de água o enriquece. Monumento nacional merecedor de visita e captura fotográfica.

4. Ver a Igreja de São Pedro

A poucos passos do Chafariz ergue-se a Igreja de São Pedro, cujas pedras remontam ao século XIII. Este templo românico-gótico, sob o olhar protetor de Dona Maria, consorte de Dom Manuel I, renasce no alvorecer do século XVI, imbuído do espírito da era manuelina, época dourada de Portugal.

Somos saudados pelo portal medieval de arco aguçado, adornado com histórias de fé. O interior revela-nos capelas laterais e um altar-mor banhado em detalhes barrocos.

Sob o púlpito, jaz o Brigadeiro Luís Mouzinho de Albuquerque. Homem de múltiplas facetas: poeta, engenheiro, militar defensor da nação liberal.

Lutou contra as amarras do absolutismo até ao último suspiro, tombando na Batalha de Torres Vendas, sob a sombra do castelo da vila.

5. Visitar a Igreja da Graça

Junto ao Jardim da Graça, esconde-se outra preciosidade do século XVI, erguida pelas mãos de eremitas que seguiam os passos de Santo Agostinho.

Era, outrora, o coração do convento, cujo pulso agora ressoa nas salas do Museu Municipal.

As paredes contam histórias antigas nos azulejos do século XVII. E na capela-mor, um retábulo maneirista, cintilando em ouro, abriga as imagens de Santa Gertrudes Magna e Santa Francisca Romana.

6. Ver o Museu Leonel Trindade

O Museu Municipal Leonel Trindade ergue-se com a modéstia dum pequeno museu, mas com a grandiosidade da história. Instalado nas vestes do antigo convento, recebe o visitante com um belíssimo claustro.

Por dois euros, embarcámos numa viagem temporal, desde a ocupação pré-histórica no Castro do Zambujal, até aos desafios do Napoleão, com seus olhos postos em Portugal.

Mas, sob a astúcia do Duque de Wellington, ergueram-se, em segredo e com artifícios de espionagem e camuflagem, as Linhas de Torres Vedras – uma formidável rede de defesas estendendo-se por 80 km ao norte de Lisboa.

Quando o exército francês se deparou com essa barreira, o seu ímpeto esmoreceu.

7. Visitar o Jardim da Graça – Roteiro de Torres Vedras

Naturalmente, se vem até aqui para viajar no museu, na igreja, também repousa neste refúgio verde bem no centro que venera betão.

Aqui sentámos perante o obelisco que homenageia aqueles que tombaram nas invasões francesas. O olhar vagueia pelos cafés e pastelarias que o cercam, pelas lojas que revelam a vida quotidiana.

No tempo certo, o jardim transforma-se em palco, com as cores e alegrias do Carnaval.

8. O que fazer? Carnaval de Torres Vedras

C. de Torres Vedras

De 17 a 22 de fevereiro, celebra-se “O Carnaval mais Português de Portugal”. O Rei e a Rainha (ambos do sexo masculino), escolhidos entre o povo, reinam soberanos numa tradição que perdura desde 1923.

Acompanham-nos as matrafonas, homens que desafiam convenções ao mascararem-se de mulher, e os cabeçudos, figuras imponentes, dançando ao som dos Zés-Pereiras.

O povo, alma da festa, não se coíbe. Entre os carros, mascaram-se e dançam, perpetuando o legado dum Carnaval que, em sua essência, é urbano e bem enraizado na identidade da cidade.

9. O que fazer? Fábrica Coroa

Ao lado do jardim, na antiga Fábrica Coroa, guardam-se tentações envoltas em papel: pastéis de feijão.

Aqueles que se deixam tentar, encontram a promessa dourada duma massa fina que revela um coração doce de feijão e amêndoa. Uma preciosidade que não se faz tímida com a sua generosidade açucarada.

10. Onde Dormir? Stay Hotel Torres Vedras

O Stay Hotel, moderno e imponente, revela-se ao pé do jardim. Oferece de vistas vastas e quartos que abraçam a amplitude do horizonte. O repouso é garantido por camas generosas.

É um reduto de limpeza e simplicidade, onde a manhã se faz acompanhar por um pequeno-almoço.

11. Ver a Igreja de Nossa Senhora da Misericórdia

Visitar a I. da Misericórdia

Situada a um minuto do Jardim da Graça, ergue-se a Igreja da Nossa Senhora Misericórdia. Nascida entre o século XVII e século XVIII, veio substituir os alicerces antigos do hospital do Espírito Santo.

No interior, as paredes revelam verdadeiras tapeçarias de azulejos do século XVII.

O teto apresenta as armas de D. João V, monarca cujo reinado coincidiu com um dos períodos mais prósperos de Portugal. O mármore contrasta com os altares luminosos do século XVIII.

12. Visitar o Parque Verde da Várzea – Visita a Torres Vedras

A ocidente do centro da cidade, uma singela caminhada de dez minutos, desabrocha um vasto jardim com vistas senhoriais para o castelo. As árvores do jardim estendem as suas sombras

No centro, uma praça desenha-se com um espelho de água, enquanto os risos das crianças ecoam dos equipamentos infantis. É atravessado pela frescura da água potável que murmura em múltiplos pontos.

13. Onde comer? Roots Restaurante

No parque, o Roots Restaurante oferece uma esplanada acolhedora e o interior, meticulosamente decorado, irradia calor. A música ambiente, escolhida com esmero, cria uma atmosfera onde a conversa flui.

O menu entrelaça modernidade com tradição. O bife Wellington exalta a carne de qualidade suprema, envolvida por uma massa folhada crocante, sendo acompanhado pelas irresistíveis batatas-doces fritas.

14. Ver o Aqueduto de Torres Vedras – Fonte dos Canos

Emergindo da paisagem como uma relíquia do passado, o Aqueduto de Torres Vedras delineia a história hídrica da cidade. Foi possivelmente erigido no século XIV, e mais tarde restaurado no século XVIII, utilizando-se a pedra calcária local.

A sua função era levar a água pura das nascentes da Serra do Socorro até o emblemático Chafariz dos Canos, cruzando uma distância aproximada de 3 km.

O acesso é um pouco dificultado pela proximidade com a N8, uma importante via da região.

15. Visitar as Termas de Cucos

Do centro histórico até Termas de Cucos são 5 minutos de carro.

Ao aproximarmos, somos saudados por uma alameda adornada com árvores robustas. No outono, as folhas pentagonais transformam-se numa paleta cromática de tons terrosos.

Fundadas em 1892 por José Gonçalves Dias Neiva, minhoto de distintiva barba ruiva e olhos azuis penetrantes, estas termas possuíam infraestruturas de vanguarda. Dotadas dum elegante hotel e casino, que atraía a elite portuguesa como o último rei de Portugal, Dom Manuel II.

Infelizmente, com o passar do tempo, esses emblemáticos edifícios e instalações foram encerrados.

Todavia, o cenário é ideal para um piquenique ao ar livre num vale abraçado por colinas cobertas de matagais.

16. Visitar o Parque do Choupal

Ver o P. do Choupal

Por detrás do castelo, repousa o Parque do Choupal, esperando ser redescoberto. Outrora bosque de densidade quase mágica, mas viu muitos dos seus integrantes serem abatidos no século XIX para dar lugar às fortificações defensivas contra a ameaça napoleónica.

No centro deste espaço verde, como um velho guardião, está o Chafariz de São Miguel, que desde o século XIII presenciou o ir e vir de gerações. E ao lado, uma esplanada se abre, convidativa.

17. Ver a Ermida de Nossa Senhora do Ameal

Visitar a Ermida de Nossa Senhora do Ameal

Um pouco acima do Choupal, esta construção nasce no calor da era medieval, sendo renovada sob o abraço renascentista do século XVI.

Não foi só um refúgio espiritual, mas também hospital para os enfermos, nos tempos caridosos da rainha Dona Isabel (século XIV).

18. Onde Comer? Páteo do Faustino

Numa ruela próxima da Ermida, encontramos um recanto – Páteo do Faustino. Um nome que já ecoa como referência na cidade.

Aqui, o bacalhau reina soberano. Em suas diversas facetas, do cremoso bacalhau com natas ao aromático bacalhau à brás, ele mostra que não é só um peixe, mas um ícone da culinária portuguesa.

E se o bacalhau cativa, a bochecha de porco conquista: tenra, suculenta, quase desfazendo na boca.

Morada: Rua Maria Pereira, 2560-616

Telefone: 261324346

19. Visitar o Forte de São Vicente – Linhas de Torres Vedras

A rota nos leva por caminhos ascendentes até ao Forte de São Vicente, sentinela da história.

O seu nome remonta a uma memória mais antiga, ecoando a devoção a São Vicente perpetuada numa ermida medieval.

Fazia parte das Linhas de Torres Vedras, intrincado sistema defensivo que protegia Lisboa. No alvorecer do século XIX, homens e pedras se uniram aqui numa defesa titânica contra as ambições dum império.

Em perfeita sincronia, mais abaixo, o castelo ajudava com os seus 11 canhões. O próprio rio Sizandro, que serpenteia pelo vale, foi transformado numa barreira contra os invasores.

exército francês recua nas linhas de torres vedras (1812)

Quando as botas dos soldados napoleónicos, liderados por Masséna, viram a magnitude do que estava construído, compreenderam que iriam dançar com a morte sem proveito.

E, assim, o poderoso exército francês recuou (1811), na terceira e última tentativa de subjugação de Portugal.

No Centro de Interpretação, conhecemos melhor a história das Linhas de Torres através dum pequeno filme.

20. O que fazer? Compras no Arena Shopping

Após um mergulho profundo nas histórias da cidade, o Arena Shopping surge como um contraste moderno.

Fica apenas a um pequeno desvio de 3 km a norte do centro da cidade, é uma verdadeira aldeia comercial, onde nomes, como a FNAC, Primark e Zara, cativam a atenção.

As comodidades do Arena são complementadas pelo hipermercado Auchan, salas de cinema, espaço de restauração e pelo amplo estacionamento distribuído por 3 pisos (gratuito).

A sul de Torres Vedras

Ao sul de Torres Vedras, a terra, generosa e prodigiosa, nos recompensa com vinhos. E, nestas paragens, encontrámos não uma, mas duas propostas, sendo uma delas acompanhada pelo convite a uma mesa onde o paladar português se celebra.

21. Visitar a Quinta da Almiara

Pouco mais duma dezena de minutos a sul, pelo fio da estrada nacional 8, surge, como se desenhada por mão invisível, a Quinta da Almiara.

Numa visita guiada, é-nos desvendado passo a passo a sua receita, do nascimento à colheita, culminando na sala onde os vinhos se podem adquirir.

A vista abre-se, deslumbrante, sobre o tapete verde das vinhas, tudo sob a alçada de pessoas que nos recebe com sorrisos. É isto, em traços ligeiros, a Quinta da Almiara.

22. Ver a AdegaMãe

Num percurso breve, apenas um quilómetro da Quinta da Almiara, surge a AdegaMãe.

Esta vinha é filha de sal e água por ter raízes no grupo familiar Riberalves que, desde 1985, dedica-se ao bacalhau.

O nome não é mero acaso, é uma homenagem sentida a Manuela Alves, a matriarca que viu os filhos crescerem e expandir o legado familiar.

Encontramos Pinot Noir, o Merlot e os tradicionais Tourigas. Nos brancos, temos Chardonnay e Sauvignon Blanc.

No restaurante Sal da Adega, o bacalhau assume o trono. E, como não poderia deixar de ser, cada garfada é acompanhada pelo néctar da casa, os vinhos que ali nascem e crescem.

23. Onde Dormir? Dolce CampoReal Lisboa

O Dolce CampoReal Lisboa Resort ergue-se, abraçado pelas vinhas. No seu coração, é um retiro dentro dum condomínio que respeita o silêncio e onde o verde do campo de golf se espalha. O seu amigo de quatro patas é bem-vindo.

Lá, a água dança em piscinas, enquanto outros preferem perder-se no refúgio dum spa. Com 3 restaurantes e 2 bares.

Os apartamentos, são lugares de grande conforto e sossego. E por entre os corredores do resort, uma equipa jovem nos faz sentir, a cada instante, em casa.

Roteiro das Praias de Torres Vedras

24. Praia da Foz do Sizandro

Pela estrada nacional 9, vinte minutos que parecem uma eternidade quando a alma anseia pelo mar, encontrámo-nos, de súbito, diante da Praia da Foz do Sizandro.

É uma praia muito bonita, moldada pelas carícias das ondas – convidativas para os devotos do surf e com histórias esculpidas no tempo.

A foz do rio Sizandro já serviu de caminho para embarcações na idade que hoje chamamos média. E suas margens fizeram parte do engenho das linhas de Torres Vedras que impediram o avanço napoleónico.

25. Praia Formosa

Santa Cruz desenha-se no horizonte, pintada pelos contornos duma vila piscatória. Chegamos à Praia Formosa, aninhada sob o olhar atento do miradouro, encostada a arribas majestosas e escarpadas.

Traz consigo os confortos duma praia urbana. A escadaria serve de portal entre o alto e o mar, um bar com esplanada, chuveiros, casas de banho e um vigilante de olhar atento.  

O mar, na sua dança, às vezes revela uma piscina natural.

26. Praia de Santa Cruz

Urbana, pulsante, com um areal que se estende como um tapete e uma vista que arrebata corações. É a mais popular entre as suas irmãs. Vigiada, com todos os confortos da modernidade, incluindo casas de banho, restaurantes e cafés ao longo passeio e amplo estacionamento.

Serviu de inspiração a diversos corações, entre os quais Antero de Quental, João de Barros e Kazuo Dan compondo admiráveis textos poéticos. Foi inaugurado um percurso oficial que atravessa locais relacionados com a presença destes três poetas.

27. Torre de Santa Cruz

Na sombra da praia, desenha-se solene a Torre de Santa Cruz, filha do início do século XX. É uma estrutura que convida a suposições sobre a sua origem.

A mais recitada é a de um abastado senhor, rendido aos encantos duma mulher que trabalhava não longe. No entanto, altos muros impediam-no de contemplar a sua amada. Assim, movido por um amor que desafiava barreiras, mandou erguer a torre para os olhos saudosos.

Por detrás da lenda, a realidade apresenta um patrono: doutor Xavier Rodrigues, cujo sonho era mais do que a torre: um palacete. Mas o colapso súbito da Bolsa de Nova Iorque (1929) encurtou as suas aspirações.

28. Praia da Física

A um quilómetro para norte, resguardada por altas arribas, desvela-se a Praia da Física, uma dama cortejada por surfistas.

O seu manto de areia é generoso, embora o sopro do vento e o mar agitado relembra a sua essência. É vigiada, com casas de banho, chuveiros e estacionamento.

Bem perto, nas suas costas, o Camping Praia de Santa Cruz pisca aos amantes da natureza e da aventura.

29. Noah Restaurante & Beach House

Na cadência suave das ondas, quase tocando o mar, ergue-se o Noah Beach House. Em Santa Cruz, é a esplanada mais bela, com um magnífico panorama.

Aqui, a informalidade reina: sons de risadas, o chilrear dos copos, petiscos que viajam desde tapas, passando por mariscos até os mais indulgentes hambúrgueres – embora o sabor tenha o seu preço.

Chegue antes do crepúsculo, e peça uma bebida enquanto o céu se veste de tons alaranjados. Não se vai arrepender.

Morada: Avenida do Atlântico n.° 2, 2560-042 A dos Cunhados

Telefone: 261936365

30. Praia do Mirante

Após a Praia da Física, a Praia do Mirante desenha-se. O seu nome? Uma homenagem ao miradouro que, do alto da falésia, a contempla.

As suas ondas são um convite irrecusável para os aficionados do surf. É vigiada, e os pés encontram alívio nos duches. Sua areia, generosa, oferece tranquilidade a todos.

E, para aqueles que anseiam por um festim após um dia sob o sol, temos o restaurante “O Navio”.

31. Onde Comer? O Navio

No seu terraço, sobretudo no verão, ressoa o riso de veraneantes. Das suas origens humildes, como tasquinha onde o sabor da salada de polvo se imortalizava em cada garfada, evoluiu para um estabelecimento de referência.

O polvo à pescador, herança das suas raízes, ainda é um hino aos paladares, enquanto os pastéis de nata, que já conquistaram fama, são uma ode à doçura lusitana.

O ambiente é aquecido pela simpatia genuína da equipa e pelos preços amigáveis.

Morada: Avenida do Atlântico 15, A dos Cunhados

Telefone: 261937241

32. Praia Vigia – Praia do Amanhã

A um breve quilómetro, a Praia Vigia, carinhosamente batizada também como Praia do Amanhã, desenha-se. Emoldurada por falésias, é beijada por um mar inquieto – águas a desafiar pela sua frieza.

É o palco de surfistas, um refúgio pouco frequentado. A quem a visita, oferece estacionamento.

33. Praia de Santa Rita Norte

Cinco quilómetros a norte, descobrimos um vale que abriga a Praia de Santa Rita. Esta dama costeira desdobra-se em duas: a mais recatada, a Sul, e a vibrante e renomada, a Norte.

De extensão generosa é banhada por um mar agitado. Somos acolhidos com as conveniências de casas de banho, restaurante e estacionamento. O céu, por vezes, é cortado por aventureiros de parapente.

34. Praia de Porto Novo

A escassos 500 metros de Santa Rita Norte, no seio de escarpas vestidas com a cor de esperança, surge a Praia de Porto Novo. Estacionar torna-se por vezes um desafio, embora não impossível.

É um refúgio, vigiada, com casas de banho e aconchegantes cafés. As paisagens circundantes sussurram convites para caminhadas. Aqui as horas tornam-se momentos.

No solo desta praia, no século XIX, as tropas britânicas desembarcaram, prontas para enfrentar o avanço do exército francês na Primeira Invasão Napoleónica.

35. Hotel Golf Mar

O Hotel Golf Mar ergue-se como um sedutor oásis. Com duas piscinas – uma a desafiar os raios do sol e outra resguardada sob telhado – oferece também ginásio para os corpos ávidos e um spa.

Para os momentos de convívio, dois bares nos aguardam com bebidas refrescantes.

As varandas dos quartos, ainda que modestas, são palcos dum majestoso pôr do sol. E, no interior, a decoração, embora simples, proporciona conforto.

36. O que fazer? Vimeiro Clube Aventura

Ao lado do Hotel, o Vimeiro Clube Aventura estende seu convite aos corações desbravadores.

Nesse refúgio, as crianças, com olhos brilhantes de curiosidade, deixam-se levar pelas águas em escorregas que serpenteiam a encosta, e riem ao vento, saltando em insufláveis. A magia não se esgota: caças ao tesouro desvendam mistérios ocultos entre as folhas.

37. Fazer o Passadiço das Escarpas da Maceira – Porto Novo

Junto ao Vimeiro Clube Aventura, o Passadiço das Escarpas da Maceira desenrola-se por quase um quilómetro entre o verde terroso e o cintilante Atlântico.

Observatórios erguem-se com a majestade de sentinelas ancestrais, convidando os olhos a mergulharem nas Escarpas da Maceira, no murmúrio do Rio Alcabrichel e no infinito atlântico.

38. Ver o Centro de Interpretação da Batalha do Vimeiro

A cinco quilómetros do abraço salgado da costa, mergulhamos no coração da história no Centro de Interpretação da Batalha do Vimeiro.

No centro interpretativo jazem relíquias da Guerra Peninsular, de um tempo de ferro e fogo, e do embate que ali se desenhou.

Uniforme do exército português em 1810
Uniforme do exército português no século XIX

Neste terreno, a aliança anglo-lusa, com coragem, ergueu-se vitoriosa, selando o destino da Primeira Invasão Francesa a Portugal. É das melhores coisas para se fazer em Vimeiro.

A sombra da agressão napoleónica estender-se-ia por mais duas investidas sobre a nação lusitana, sendo a última carregada duma brutalidade que mancharia o seu ideal dito progressista.

39. Visitar a Quinta Pedagógica da Caria

A escassos quilómetros do Centro de Interpretação da Batalha do Vimeiro, rumando a sul, desvendamos a Quinta Pedagógica da Caria.

Neste reduto sereno, a curiosidade das crianças floresce, sobretudo ao alimentar galinhas e acariciar os burros.

Os mais gulosos podem degustar a doçaria local, enquanto os sedentos de conhecimento embarcam em cursos de agricultura biológica.

Passeámos pelas plantações, estufas e estábulos. E a esplanada torna-se palco para degustação de chás biológicos, sob um sol que acaricia a pele.

Quando visitar Torres Vedras?

Se desejar sentir o sal do Atlântico na pele, acolha-se sob o sol dos meses de julho, agosto e setembro. Porém, se anseia por mergulhar na história, nos museus e nas Linhas de Torres Vedras, opte por caminhar de março a maio ou, ainda, de junho a agosto.

A altura mais gentil para o bolso? Entre outubro e dezembro, estendendo-se até março.

E, numa nota atemporal, visite-a no Carnaval – um espetáculo genuíno onde o coração da terra pulsa através da participação dos locais.

Como Chegar a Torres Vedras?

De carro

De automóvel, a estrada se desenrola como um convite: apenas 50 km separam Torres Vedras de Lisboa, um mero sopro de 40 minutos.

Partindo da capital, tome a A8 na direção de Leiria e procure pela saída 7, insinuando Torres Vedras Sul. Em alternativa, a N8 revela paisagens autênticas, guiando-o através da Venda do Pinheiro e Turcifal.

De Autocarro:

Partidas diárias de várias cidades aguardam; para mergulhar nos detalhes, procure a Rede Expressos ou a Rodoviária do Oeste.

De Comboio:

A cidade conta com a Linha do Oeste, proporcionando várias viagens diárias ligando-a a destinos como Lisboa – Santa Apolónia, e seguindo para norte, servindo locais como Leiria e Coimbra

Cidades perto de Torres Vedras

Para norte:

Tem Lourinhã o que visitar (25 minutos pela N8-2),

Óbidos o que visitar e arredores (35 minutos pela A8),

Caldas da Rainha o que visitar (35 minutos pela A8)

o que fazer em Peniche (40 minutos pela A8 e IP6). Santarém fica a 1 hora de viagem para este pela A8 e A15).

No sul descobre Ericeira Mafra (meia hora pela A8 e A21), o que visitar Sintra (40 minutos pela A8), Cascais Estoril (55 minutos pela A8). Lisboa dista 45 minutos pela A8.