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Lourinhã o que visitar

Venha visitar Lourinhã! Fica a menos de uma hora da capital Lisboa (leia O que visitar em Lisboa).

Território de histórias que remontam a tempos imemoriais, tempos esses que se desenrolaram ao som do rugido dos dinossauros.

Nas margens do Atlântico, estendem-se doze quilómetros de areias sem fim, onde o olhar se dissolve no infinito das águas magníficas.

Roteiro do que ver e fazer em Lourinhã e arredores

1. Praia da Areia Branca

Na povoação da Praia da Areia Branca, repousa uma praia que se desdobra em serenidade. As águas, frias, são o pano de fundo para um palco de arribas e rochas. É, também, palco sublime para contemplar o ocaso do sol.

Com acessos facilitados e vasto estacionamento, é um convite a passeios em boa companhia, onde as gargalhadas se confundem com o rumor das ondas.

O surf, todavia, é o verdadeiro protagonista deste areal. É um espaço de juventude e efervescência, onde a noite se tece em festas e convívio nos bares e restaurantes que ladeiam o passeio marítimo.

2. Onde Comer em Lourinhã? Foz Restaurante

Junto à praia, repousa um restaurante com vistas deslumbrantes, onde o menu é uma ode à inspiração marítima, com destaque para o peixe fresco, caldeiradas e a mariscada de polvo, especialidade da casa para ser degustada com sangria.

O encanto do espaço é complementado pelo atendimento atencioso, sob a luminosidade do pôr do sol que se derrama sobre o mar. A sua qualidade é inquestionável.

Morada: Rua Passeio do Mar Praia, A. Branca 2530-240 Portugal

Telefone: 261 469 348

3. Praia do Areal – Praias de Lourinhã

Junto à Praia da A. Branca, desdobra-se a Praia do Areal, onde as falésias se erguem e o oceano, sob o olhar atento dos nadadores-salvadores, beija a areia. Neste lugar, entrelaça-se com a ciclovia estendida. A acolher os visitantes, temos um parque de estacionamento.

No verão, a praia se enche de vida, atraída por um mar de ondas fortes, por vezes traiçoeiras, mas cenário ideal para o surf.

4. Onde Comer? Areal Beach Bistrot by Chakall

Perante o areal, surge o Areal Beach Bistrot By Chakall, com acolhedora esplanada e salão interior.

Prove o Hambúrguer de Carne Argentina, suculento e delicioso, ou opte por alternativas vegetarianas, como o prato vegan de arroz com tofu, servido com ananás.

Na esplanada, é agradável degustar o pequeno-almoço ou uma refeição ligeira com a brisa marinha a acariciar. Aqui, a comida é de qualidade, e a relação preço-qualidade, justa.

5. O que fazer? Dino Parque Lourinhã

A dez minutos da Praia Areal do Sul, interiorizando-se na vila, irrompe o Dino Parque Lourinhã, abrigado por um pinhal convidativo. Quando visitar a Lourinhã, é das melhores atividades a fazer fora da costa.

O parque traz consigo trilhos bem assinalados e áreas propícias para piqueniques. À entrada, um espaço museológico aguça a curiosidade.

Trata-se do maior museu a céu aberto de Portugal, onde habitam duzentos modelos de dinossauros e outras criaturas ancestrais, meticulosamente reproduzidos à escala real. Conquista o coração dos amantes destas criaturas imponentes. Ali, o riso das crianças ressoa entre as árvores.

O que fazer e ver para sul da vila de Lourinhã

6. Praia Porto das Barcas

Ao retomar a nossa aventura pela costa, avançamos para sul, breve trajeto de 10 minutos pela Estrada Porto das Barcas até sermos seduzidos por uma praia deslumbrante.

A visão, captada de uma falésia próxima, encanta, e os barcos à distância transformam-se em diminutas miniaturas.

Um vasto areal, acolhendo um pequeno porto de pesca, que se situa a um passo da localidade de Atalaia, famosa por seus mariscos e sua pesca.

É também um território precioso para os paleontólogos, pois no seu seio, foram encontrados fósseis de dinossauros de eras passadas.

7. Onde Ficar? Vale de Lourinhã

A escassos cinco minutos da praia, desvendam-se refúgios de serenidade. Com jardins onde o olhar vagueia pelo terraço, há recantos para crianças, uma piscina e o convite quente dum jacuzzi.

Os apartamentos, preparados para receber, guardam o pequeno-almoço numa cesta que chega à porta. Cada espaço cuidado, limpo, cada unidade com o seu pátio, onde o acolhimento se manifesta em mimos. Aqui, as famílias encontram o seu lugar.

8. Praia de Porto Dinheiro

Para sul, a costa desvenda-nos a Praia de Porto Dinheiro. Aqui, o banho é bom, as piscinas naturais abrigam-se nas rochas, e as pequenas embarcações partem para a faina.

Nesta praia, protegida do vento, a festa do Mar celebra-se com a tradicional Vacada na Praia, no primeiro fim de semana de agosto. Os ecos do passado também ressoam na praia, com a descoberta duma nova espécie de dinossauro: o Dinheirosaurus Lourinhanensis.

Dinheirosaurus Lourinhanensis

9. Praia de Porto Novo (Visitar Torres Vedras)

Sem dar por isso, já atravessamos a fronteira invisível para o território de Torres Vedras. Descendo pela estrada nacional 247, somos guiados à foz do rio Alcabrichel, que se desdobra num vale que parece arrancado dum sonho.

A Praia de Porto Novo ergue-se no meio de escarpas adornadas de vegetação vibrante. Estacionar, embora não seja impossível, pode ser difícil.

Nesta praia tranquila, vigiada, com casas de banho e cafés, as horas voam. E as paisagens convidam a caminhadas.

Neste espaço, desembarcaram as tropas britânicas prontas para combater o exército francês da primeira invasão napoleónica (século XIX).

10. Onde Dormir? Hotel Golf Mar

Este refúgio de três estrelas oferece uma piscina exterior, bem como uma interior, um ginásio e um spa para os que buscam o relaxamento profundo. Há ainda um espaço dedicado aos mais pequenos e duas opções de bares para os momentos de pausa.

Os quartos, limpos, vêm equipados com frigorífico, cofre, e um chuveiro com água quente. A pequena varanda revela espetáculos naturais do pôr do sol. A decoração pode ser básica, mas para um hotel de três estrelas, é mais do que adequada.

O pequeno-almoço é um convite ao despertar: frutas frescas até às delícias mais doces.

11. O que fazer? Vimeiro Clube Aventura

Num recanto não distante, o Vimeiro Clube Aventura desperta as almas aventureiras de famílias. Entre árvores e arvoredos, desabrocha um parque dedicado aos pequeninos, sob a vigilância de instrutores atentos.

As crianças exploram o seu espírito intrépido no mini golfe, deslizam pela encosta em escorregas aquáticos e saltam alegremente em insufláveis.

Não falta entretenimento, desde trampolins a caças ao tesouro. O espaço, amplo e bem cuidado, é servido por um equipa de trabalho afável e diligente.

12. Fazer o Passadiço das Escarpas da Maceira

Ao lado do Hotel Golf Mar Vimeiro e do Vimeiro Clube Aventura, serpenteia o Passadiço das Escarpas da Maceira, uma fita de cerca dum quilómetro que se estende pela paisagem, numa harmonia única entre a cor da esperança da terra e a tranquilidade Atlântica.

Ao longo do caminho, observatórios erguem-se como sentinelas, convidando-nos a parar e a contemplar as Escarpas da Maceira, o Rio Alcabrichel e a Costa. Uma caminhada que é, simultaneamente, uma viagem pela geologia e biologia.

13. Ver o Centro de Interpretação da Batalha do Vimeiro

A cinco quilómetros da costa, para o interior, descobrimos o Centro de Interpretação da Batalha do Vimeiro. Lá, repousa uma coleção de armas, uniformes, cada peça uma memória palpável das lutas que aqui se travaram.

O centro é pequeno, mas sua riqueza imensa.

Este foi o palco da batalha onde as forças anglo-lusas triunfaram, pondo fim à Primeira Invasão Francesa de Portugal, em 21 de agosto de 1808.

Dois mil portugueses, maioritariamente infantaria acompanhados de cerca de duzentos cavaleiros, juntaram-se a um contingente britânico, totalizando um exército de dezoito mil homens.

Uniforme do exército português em 1810
Uniforme do exército português no século XIX

Sob o comando do general britânico Arthur Wellesley (Duque de Wellington), após o seu desembarque na costa, pretendiam seguir em direção a Lisboa pela estrada de Mafra.

No entanto, o ruído dos cascos dos cavalos do exército francês de Junot fez-se ouvir em Vimeiro: cerca de catorze mil homens.

Foi a primeira de três invasões francesas, a última das quais ficaria marcada pela terrível violência infligida à população portuguesa. A visão progressista de Napoleão ficaria manchada, em especial no centro do país, onde crescia a resistência à ideia de submissão.

O que fazer e ver para norte da vila

14. Praia de Vale Frades

A Praia de Vale Frades, a escassos quilómetros da Praia da Areia Branca, é um recanto rochoso encravado entre escarpas de rara beleza.

Acesso por escadas e estacionamento facilitam a chegada a este refúgio.

A maré vazia convida a passeios meditativos na areia, enquanto os amantes do mergulho e da pesca submarina encontram nas suas águas um mundo por explorar.

15. Praia de Paimogo e ver o Forte

Um pouco mais a norte, a Praia de Paimogo aguarda com o seu cenário deslumbrante, enquadrado por falésias. O estacionamento nas imediações proporciona uma vista panorâmica que arrebata o olhar.

É protegida pelo Forte de Paimogo, testemunha da época em que Dom António Luís de Menezes, herói da guerra da Restauração da Independência, mandou construir a fortaleza (século XVII).

A praia também é um destino apreciado para a exploração subaquática e nas suas águas abrigam-se ainda as embarcações que perpetuam a tradição da pesca artesanal. Tudo o que um turista procura ao visitar Lourinhã: história e paisagens.

16. Praia de São Bernardino (Visitar Peniche)

Avançando para norte, dez minutos bastam para alcançar a Praia de São Bernardino, agora no território de Peniche. A areia estende-se com moderação, mas um charme distinto emana, talvez pelos recortes que a adornam, talvez pelo carinho do vento amaciado pelas arribas.

Ali há um bar-restaurante onde mitigámos a fome do corpo enquanto alimentámos a alma com a vista, É vigiada, com estacionamento.

O que ver e fazer na Vila

17. Ver a igreja de Santa Maria do Castelo

No nosso roteiro para visitar Lourinhã, não podia faltar o centro da vila. E em apenas cinco minutos de viagem, partindo da Praia da A. Branca, chegamos ao coração da vila.

Ali, ergue-se a Igreja de Santa Maria do Castelo, templo gótico (século XIV) ao lado dum jardim. Assenta-se em terreno elevado, onde outrora se elevava o castelo da Lourinhã, agora reduzido a miradouro – talvez algumas pedras do castelo se tenham incorporado na igreja…

Foi erigida por um filho da vila: Dom Lourenço Vicente, arcebispo de Braga e amigo do rei Dom João I. Na igreja descansam os corpos de sua mãe e avó do arcebispo.

Esta terra foi conquistada aos mouros por Dom Afonso Henriques (1147) que doou-a ao cruzado francês Dom Jordan, pois auxiliara na conquista de Lisboa.

Passou para os filhos, destes a seus netos e, por fim, aos genros. Chegando a época de Dom João I, os antigos senhores da vila apoiaram Castela (Espanha) na crise de 1383-1385.

Já Dom Lourenço Vicente participou na batalha de Aljubarrota por Dom João I e enfrentou o ferro castelhano que o marcou no rosto.

Terminada a crise, deixou o som das espadas e regressou a Braga, onde, como arcebispo, dedicou-se ao seu rebanho até que a morte veio buscá-lo.

18. Visitar o Museu da Lourinhã

Das próximas vezes que visitar Lourinhã, tem que ver este pequeno museu local que guarda, em suas paredes, imensas preciosidades.

A secção etnográfica, com suas ferramentas antigas, nos mostra as marcas da vida de um tempo que foi. É como se pudéssemos ver, ali nas paredes, as mãos calejadas que um dia manusearam aqueles instrumentos.

A paleontologia nos transporta ainda mais longe, para um tempo em que este solo era percorrido por criaturas gigantescas. Lá estão, guardados como relíquias, ossos de dinossauros que dominaram a Terra.

É a maior coleção ibérica de fósseis do Jurássico Superior e uma das mais importantes a nível mundial.

Entre eles, destaca-se o esqueleto do Iberospinus natarioi, o único esqueleto completo conhecido, descoberto no Cabo Espichel.

19. Ver a Igreja e Convento de Santo António

Perto do museu, na parte baixa da vila, ergue-se a Igreja e Convento de Santo António, silenciosa, antigo convento de Capuchos Recoletos, da ordem franciscana.

Erguido no fim do século XVI, as suas paredes são forradas com painéis de azulejos figurativos, azuis e brancos, do século XVIII, quando se construíram o retábulo do altar-mor e os altares laterais.

Singela e muito bonita.

20. Bom Restaurante? Avenida Café Cervejaria

Perto do jardim central da Praça José Máximo da Costa, encontra-se a Avenida Café Cervejaria. Aqui, objetos históricos adornam o espaço. Através da decoração cuidada, o visitante é convidado a desfrutar duma refeição descontraída.

É imperativo provar o famoso bitoque, aclamado por muitos como o melhor do Oeste. E no final, não se prive da suavidade duma mousse de chocolate, cuja popularidade é mais que justificada.

Apesar da procura, a diligência e simpatia do staff asseguram que todos têm uma experiência memorável.

Morada: Alameda Nuno de Brion

Telefone: 261422104

21. Visitar a Adega Cooperativa da Lourinhã

Num breve desvio do burburinho da vila, avista-se a Adega Cooperativa da Lourinhã, lar da única aguardente de região demarcada do país.

Há trinta anos, a Aguardente DOC Lourinhã brotou da terra após estudos que atestaram sua qualidade incomparável, encontrando paralelo apenas nas francesas de Cognac e Armagnac.

A adega, hospitaleira, abre suas portas para visitas guiadas, oferecendo uma imersão vinícola exclusiva, do solo à taça. A história da criação e produção é conto bem contado, ou melhor, saboreado.

22. Onde Comer? Carlos dos Leitões

Cinco minutos na estrada nacional 361, e eis que se revela o Carlos dos Leitões, um refúgio onde o leitão reina soberano. O estacionamento gratuito abre caminho a salas interiores modernas.

O leitão, magistralmente assado, desvenda-se suculento, a pele crocante na medida certa, acompanhado por um molho aquecido em lamparinas na mesa, pronto a ser partilhado ou levado para casa. Como sobremesa, experimente o Moloft, uma sinfonia de doce de ovo e amêndoas.

Morada: Rua José da Silva Junior 30

Telefone: 261 438 425

23. Visitar o Moinho do Boneco

A dez minutos de caminho pela estada nacional 361, na Moita dos Ferreiros, este moinho resiste à passagem do tempo e à voragem do progresso industrial.

É o vento, como outrora, que move as suas engrenagens, mas é o respeito pela tradição que mantém vivo o Moinho do Boneco.

Em workshops e provas, partilha-se o saber antigo da moagem, transformando os cereais em farinha com o calor suave do trabalho e o gosto genuíno pela arte.

Não há transgénicos nestes grãos, nem calor excessivo na sua moagem, como acontece nas fábricas industriais. A farinha que aqui nasce é um regresso à pureza dos sabores ancestrais.

Como Chegar a Lourinhã?

A viagem revela-se mais propícia com viatura própria, situando-se a modesta distância de 70 quilómetros de Lisboa, rápido percurso de apenas 45 minutos.

Autocarros oferecem uma alternativa segura, partindo diariamente das várias cidades do país. Para mais informações sobre horários, observe no sítio web da Rede Expressos ou na Rodoviária do Oeste, para chegar a esta deliciosa terra, desprovida de comboios nos seus domínios.

Quando Visitar Lourinhã?

A melhor altura para visitar Lourinhã é entre maio e setembro, quando as temperaturas oscilam entre o frescor e um calor ameno.

Com um clima oceânico, as temperaturas no verão variam de 24 °C a 30 °C, e as noites refrescam-se. No inverno, as temperaturas raramente caem abaixo de zero, mas podem chegar a -4 °C.

Em julho e agosto, o calor atrai turistas. Mas se anseia por tranquilidade e preços mais moderados, junho e setembro será a sua escolha.

Cidades perto da Lourinhã

Para norte tem:

Peniche (o que fazer em Peniche – 25 minutos pela N247),

Óbidos (O que visitar em Óbidos e arredores – meia hora pela A8).

Caldas da Rainha (Caldas da Rainha o que visitar – 35 minutos pela A8),

São Martinho do Porto (o que fazer em São Martinho do Porto)

Nazaré (Visitar a Nazaré – 50 minutos pela A8). Santarém fica 55 minutos pela A15 para este.

No sul descobre:

O que fazer em Torres Vedras – 25 minutos pela N8-2)

Ericeira Mafra – 45 minutos pela A8 e A21),

O que visitar em Sintra, Cascais Estoril e Lisboa (1 hora pela A8).