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Visitar Campanário Madeira

Campanário, uma freguesia pertencente à Ribeira Brava, é atravessada por uma estrada que serve de elo entre Calheta e Funchal. Madeira O Que Visitar é seu atlas para a ilha. Para um roteiro completo em Funchal, veja Funchal O Que Visitar.

A sul, é beijada pelas águas salgadas do Oceano Atlântico, enquanto a norte, elevam-se montanhas imponentes. A agricultura figura como a atividade primordial desta região.

O seu nome não surge do acaso. Deve-se à silhueta peculiar de um ilhéu, avistado pelos descobridores junto à costa, que ostentava duas proeminentes pernadas, reminiscentes da torre de um templo religioso onde repousam os sinos.

Contudo, o tempo e o poder incansável do mar levaram, em 1798, uma das suas pernadas, reconfigurando a sua fisionomia.

Como Chegar do Funchal?

Numa jornada através da complexa malha rodoviária da Ilha, a Ribeira Brava surge facilmente acessível, sobretudo pela VR1/ER101. É uma viagem de

 Quem parte do núcleo pulsante do Funchal deve orientar-se pela ER101. Em escassos 10 minutos de viagem, após absorver paisagens de cortar a respiração, esteja atento à saída 2.

Esta desvia-o diretamente para a Rua Justino Gonçalves de Andrade, situada em Campanário. Uma breve travessia de 1 minuto por esta rua e eis que chega ao seu cobiçado destino.

Visitar a Igreja de São Brás do Campanário

Com dimensões imponentes e uma estética arrebatadora, a igreja deslumbra todos que a contemplam.

A fundação da primordial capela de São Bento, predecessora da igreja, é envolta em mistério, com estimativas apontando o seu surgimento para o segundo quartel do século XV.

Ao longo dos tempos, esta estrutura sagrada sofreu diversas metamorfoses e reparações, culminando na erigida igreja paroquial no presente. O dia 2 de fevereiro é marcado por festividades na paróquia, sendo esta véspera da celebração em honra a São Braz.

A tradição oral refere que, entre os primeiros habitantes de Campanário, estavam famílias provenientes de São Brás de Alportel. Essa conexão ancestral é possivelmente o fulcro para a escolha do Santo Padroeiro da Freguesia.

No se interior, residia Políptico do século XVI, uma obra-prima que, atualmente, reside no museu de Arte Sacra.

Ver o Miradouro de Campanário

Ao percorrer as vias sinuosas da Madeira, uma curva à esquerda, emergindo do Campanário, revela um santuário para os olhos. O panorama se desdobra, iniciando na Ponta do Sol e culminando no abraço acolhedor da Ribeira Brava.

Entretanto, não é apenas o cintilar do mar que cativa; alçando o olhar, somos presenteados com o majestoso cenário das serras, que se espraia desde o Campanário até a Fajã da Ovelha.

Este enclave, moldado pelas mãos da natureza e enaltecido pelo engenho dos madeirenses, é um convite à introspeção.

Visitar o Calhau da Lapa

O Calhau da Lapa desdobra-se, com misteriosa discrição, para aqueles intrépidos o suficiente para o perscrutar.

A senda que conduz a este refúgio, escarpada e insidiosa, exige determinação em cada pegada. Contudo, o que ali se manifesta é uma visão inigualável: uma enseada envolvida por escarpas que se elevam. Uma cascata desagua no oceano, conferindo harmonia acústica à paisagem.

Dirigindo o olhar a ocidente, o ilhéu do Campanário ergue-se. Porém, são as grutas, sentinelas petrificadas, que resguardam os ecos mais ancestrais: de bens ocultos em seu seio, de navegantes murmurando longe das rajadas do vento.

O que fazer? Levava do Norte

A odisseia inicia-se no imponente vale da Quinta Grande, serpenteando pelo núcleo vibrante da aldeia de Campanário, em Ribeira Brava.

O epílogo, ou quiçá um novo prólogo, é traçado pelos cachos de uva, no Covão do Estreito de Câmara de Lobos, memória palpável de uma Madeira de antanho.

Em quatro horas, num percurso de ida e regresso, desenrolam-se sete léguas de terra e firmamento, de júbilo.

Onde Comer? La Parreira

Um estabelecimento tradicional, ancorado num conceito singular. Iniciamos a experiência no talho, selecionando a carne e as iguarias para a entrada.

Em seguida, vamos ao café contíguo, onde optamos pelos acompanhamentos e bebidas. A jornada culmina numa esplanada encantadora, onde a carne é habilmente grelhada à nossa vista.

Dada a diversidade de ofertas, há o perigo de nos deixarmos levar e pedir mais do que realmente conseguimos comer.

Os pratos, impregnados de tradição, são notáveis tanto em sabor quanto em quantidade. O ambiente é cordial, complementado pela amabilidade dos funcionários.

Morada: Rua Comandante Camacho de Freitas, nº 517, 9350-077 Funchal, Ribeira Brava, Campanário

Telefone: 291957025

O que visitar por perto

Museu Etnográfico da Madeira

No seio de uma venerável mansão do século XVII, desvenda-se um relicário da memória insular: o Museu Etnográfico da Madeira. O oceano, cúmplice perene da ilha, manifesta-se na exibição que homenageia o peixe espada.

Contudo, é o rodar cadenciado dos cilindros do engenho, relíquia distinta no tecido europeu, que seduz e cativa o observador. Ao declinar do século XIX, estes mesmos corredores e estâncias metamorfosearam-se em palco de labor.

Fajã dos Padres

Na serenidade do Campanário, a Fajã dos Padres permanece reclusa, incrustada na face meridional da Madeira. Abraçada por um penhasco audaz que se precipita por trezentos metros.

Para aceder a este recanto, desliza-se audaciosamente pelo ventre metálico do teleférico. No cerne da Fajã, a sapiência humana orquestra cultivos biológicos: bananas, papaias e hortaliças.

Foi domínio do intrépido João Gonçalves Zarco, artífice nas navegações. Muitos encontram refúgio sob o astro-rei nesta modesta enseada.

Cabo Girão Skywalk

Quando Zarco empreendeu uma audaz expedição à ilha, um marco salientou-se no vasto horizonte. Este é agora um ícone inelutável para os peregrinos destas paragens: Cabo Girão.

Elevando-se a 580 metros, a passadeira cristalina oferece um panorama límpido do precipício, tanto sedutor quanto desafiador. Sob nossos pés, as fajãs do Rancho e do Cabo Girão revelam-se, e o vasto Atlântico desenha um beijo na linha onde céu e mar se fundem.

Ponta do Sol

Aninhado na margem sudoeste da ilha da Madeira, o concelho da Ponta do Sol ostenta a distinção de ser agraciado com o mais copioso número de horas de sol anuais.

Renomado pelas suas costas banhadas, a Ponta do Sol é berço do cultivo de alguns dos mais prestigiados produtos do arquipélago, como a suculenta banana e a exuberante cana-de-açúcar.

Em Funchal

Sé do Funchal

No coração do Funchal, a Catedral emerge como guardiã de memórias. Sob o auspício de Dom Manuel I, num movimento de pietas regia, coube a Gil Eanes a honra de esboçar este monumento que, desde tempos imemoriais, observa, o encontro entre o mar e a montanha.

Mais do que pedras e argamassa, a Catedral é o reflexo límpido dos descobrimentos e do ímpeto conquistador luso. Por um período que abrangeu mais de duas décadas, orgulhou-se de ser a diocese de maior extensão no globo, cujos confins alargavam-se desde as terras brasileiras até os confins nipónicos.

Teleférico do Funchal

No pulsar ritmado do Funchal, um convite à descoberta se ergue: o teleférico. Uma partida serena precede uma subida que revela a grandiosidade da baía, enquanto as construções se miniaturizam e o céu se alarga. E quando o zumbido citadino se transforma em sussurro longínquo, temos a certeza de que alcançámos o Monte, esse reduto de paz.