Óbidos, uma vila medieval portuguesa de alma romana, jaz a um breve suspiro de Lisboa (40 minutos), abraçada por muralhas que, em silêncio, contam histórias de rainhas e dotes.
Pelos gestos destas monarcas, Óbidos desabrochou, adquirindo nuances de arte, de devoção e caridade – uma essência de feminilidade.
Nas muralhas, tal concha que abriga a sua pérola, temos um castelo e as ruelas do centro histórico, onde cada esquina, cada praça, fala de tradição.

Os cafés acolhem as iguarias locais, as lojas sussurram tradições e as casas pálidas, adornadas com flores, pintam o restante retrato.
Um recanto singular em terras lusas.
Nos arrabaldes, esplêndidos resorts desabrocham, entrelaçando o luxo, golfe e a magnificência de praias que desafiam o Atlântico.
Quando Visitar Óbidos?
A cidade de Óbidos é um destino que vale a pena explorar em todas as estações do ano.
Este rincão é uma proposta cativante para um interlúdio romântico e de exploração familiar, graças ao seu pano de fundo medieval; repouso no castelo é a cereja no topo do bolo.

A primavera, compreendendo os meses de março a maio, é a estação mais aprazível, sucedida pelo verão entre junho e agosto.
De outubro a novembro, os ares começam a arrefecer e a humidade instala-se, porém, o clima mantém-se convidativo e detém um encanto singular.
O inverno não é excessivamente gélido, mas espero que aprecie neblina de manhã e rajadas ventosas!
Roteiro do que ver e fazer em Óbidos e arredores
1. Visitar a Porta da Senhora da Piedade (Porta da Vila)


A nossa vinda a Vila de Óbidos é saudada por uma porta herdada do reinado de Dom Fernando (século XIV).
No seu recôndito, uma capela venera Nossa Senhora da Piedade, padroeira de Óbidos, onde se busca bênção antes de se entrar.
Em suas paredes, uma inscrição de Dom João IV eterniza a gratidão pela recuperação da soberania do reino de Portugal ante os espanhóis.
Foi ele quem depositou sua coroa sobre Nossa Senhora da Conceição, consagrando-a Rainha de Portugal, e desde então, nenhuma outra coroa tocou cabeça real até ao fim da monarquia.
E há aqueles que sussurram que a própria Rainha em 1917 caminhou sobre os seus domínios, em Fátima, não mais que uma hora da vila.
Muitos chegam à entrada da vila com o simples plano de roteiro de 1 dia. Seduzidos por sua magia, um restrito grupo opta ficar por mais de 1 dia em Óbidos.
2. Rua Direita

O seu nome tem raízes no português Arcaico, não é só uma rua, é uma viagem no tempo, na história de Óbidos.
O seu nome, inspirado na palavra “direta” aponta-a como o caminho mais rápido ao Castelo.
Uma vez na vila, é impossível ignorá-la, pois cada ruela parece desembocar nela.
É ladeada por lojas, restaurantes, cafés que pulsam com a vida e a tradição local.
No final da rua principal de Óbidos ergue-se um marco histórico: a antiga igreja, agora transformada na Livraria de Santiago.
Para os que buscam artesanato tradicional ou simplesmente degustar a famosa “Ginja de Óbidos”, este é, sem dúvida, o lugar a visitar.
3. O que fazer? Ginja de Óbidos

Esta bebida icónica tem uma história que se estende até ao século XVII.
Conta-se que foi um frade alquimista que, aproveitando os frutos abundantes da região, destilou pela primeira vez este licor.
E não é apenas a bebida que encanta, mas como é servida. A tradição dita que se prove a Ginja num pequeno copo de chocolate.
Após o último gole, tem-se o prazer adicional de devorar o copo.
4. Ver o Mercado Biológico de Óbidos

Logo nos seus primeiros passos, um espaço cativa os olhos e o paladar – o Mercado Biológico de Óbidos.
Aqui, romances e poesias estão lado a lado com queijos artesanais, verduras frescas e frutas suculentas.
Enquanto se escolhe uma maçã fresca, pode-se folhear páginas duma obra-prima. E o melhor? Os livros têm preços convidativos. Óbidos é a vila onde a literatura tem mais destaque em todo o país.
5. Ver a Igreja de São Pedro


Quando nos desviamos da vetusta Rua Direita, somos brindados com a Igreja de S. Pedro que remonta aos séculos XIII e XIV.
A fachada capta o olhar, exímio testemunho da época.
O interior, contudo, não nos oferece a mesma nobreza; uma recordação, talvez, do fatídico terramoto de 1755 que exigiu reconstruções.
Aqui jaz a pintora Josefa de Óbidos (século XVII), pintora cuja habilidade traduziu-se em cerca de 150 obras de arte, das mais prolíficas artistas do barroco português.
Tal era o fascínio por ela, que muitos, ao buscarem alívio nas Termas das Caldas, rumavam aqui, ansiando por um simples vislumbre da mestra.
6. Ver o Museu Municipal de Óbidos

Os passos conduzem-nos ao Museu Municipal de Óbidos, onde a arte sacra se revela – esculturas e pinturas que transcendem o tempo.
Lá, verá um quadro da Josefa, a estrela do século XVII.
O museu, em sua intimidade, desvela uma sala consagrada à crónica de Óbidos, salpicada de artefactos arqueológicos e armamentos da Guerra Peninsular.
Há uma secção dedicada ao último senhor do solar: Eduardo Malta, pintor de mão cheia, mas em conflito com a sua era, contra os ventos da arte moderna.
7. Ver o Pelourinho De Óbidos

Prosseguimos até sermos interpelados pelo Pelourinho de Óbidos, com a sua elegância manuelina do século XVI, frente à Praça de Santa Maria. Gravadas nele, encontram-se as armas de Dom Manuel I e Dona Leonor.
Mais que ornamento, era um palco de proclamações e anúncios. Em momentos sombrios, servia também para expor criminosos, um espetáculo de humilhação.
Desde 1910, está consagrado como Monumento Nacional.
8. Igreja de Santa Maria

Junto ao pelourinho, a Igreja de Santa Maria, vestígio do século XII, se levanta como a Matriz de Óbidos.
No solo onde pisamos, dizem as vozes antigas, esteve um templo visigótico. Depois uma mesquita sob olhares muçulmanos.
No alvorar dum novo reino sob Dom Afonso Henriques, tornou-se abrigo cristão dedicado à Senhora da Assunção.
Dentro destes muros, os quadros revelam o talento de Josefa de Óbidos, enquanto azulejos seculares tecem narrativas de devoção.
9. Igreja da Misericórdia

Outro templo ergue-se, muito perto, por vontade da Dona Leonor (século XV).
Antes era um sussurro do Espírito Santo, mas com a fundação da Misericórdia, o seu nome e propósito transformaram-se.
Hoje, mais museu que altar, guarda obras de arte de grandes mestres.
Aqui jaz uma dama austríaca, Luiza Guerra, camareira real. Encontrou amor num cavaleiro português e na sua quinta em Óbidos, talvez, a verdadeira felicidade.
Muitos templos dedicados ao Espírito Santo transmutaram-se em Igrejas das Misericórdias. E após as sombras da Inquisição, desse culto pouco restou, salvo nos recônditos dos Açores.
10. Museu Abílio de Mattos e Silva

À sombra sagrada da Igreja, brota um museu, fruto de Maria José Salavisa.
Neste refúgio artístico, marionetas ancestrais dançam ao lado de obras-primas de seu esposo Abílio: pintor, artista do palco, criador de figuras.
11. Ver a Porta da Nossa Senhora da Graça

Ao virar da igreja de S. Tiago, a antiga Porta da Nossa Senhora da Graça desvenda-se, outrora o principal acesso à vila.
Com o estirar do tempo e das muralhas, perdeu o protagonismo como a entrada principal desta vila da Região do Oeste de Portugal.
Numa promessa de dor e amor, Bernardo Palma, que serviu nas distantes terras indianas, tornou um pequeno singelo nicho em quase templo, em memória da sua filha que sucumbiu à intensidade do amor não correspondido.
12. Onde Comer em Óbidos? Ja!mon Ja!mon

A um átimo da Porta da Nossa Senhora da Graça, deparámo-nos com o Ja!mon Ja!mon.
Um recanto aprazível com um pátio. Deliciámo-nos com petiscos e tapas, extasiados pelas paisagens, tendo o aqueduto como pano de fundo.
O polvo à lagareiro seduz pelo sabor e generosidade. Rematamos com uma gentil oferta: ginjinha de Óbidos. Saímos satisfeitos.
Morada: Dona Maria, Largo do chafariz, R. da Biquinha, 2510-046 Óbidos
Telefone: 964789306
13. A Grande Livraria de Santiago

A Rua Direita desagua na Livraria de São Tiago, à da entrada do castelo. Foi edificado no século XII por Dom Sancho I, filho de Dom Afonso Henriques, era o refúgio espiritual da realeza na vila, conectada ao interior do castelo.
Mas os ventos do tempo trazem mudanças.
Despojado do seu propósito religioso original, o templo encontrou nova missão não menos nobre: abrigar o saber e a literatura.
A sua reconversão em livraria foi magistralmente conseguida, onde o antigo e o moderno coexistem em harmonia.
Insere-se numa visão mais ampla, parceria louvável com a Câmara, que ambiciona transformar Óbidos numa “Vila Literária”.
Distribuído por dois andares, é um santuário para os amantes dos livros, abrangendo uma vastidão de temas e assuntos.
14. Ver o Castelo De Óbidos

Em 2007, o Castelo de Óbidos foi eleito como uma das 7 maravilhas de Portugal,
No século XII, sob a égide do rei poeta, Dom Dinis, foi presenteado à sua amada, a Santa Isabel.
A devoção do rei por sua esposa transbordava em versos e dádivas, e foi quem erigiu a Torre de Menagem, novidade introduzida pelos Templários em Tomar.
Desde então, cada monarca portuguesa detinha a vila como dote, cada uma tendo como modelo real a santidade e benevolência de Isabel.
O tempo transformou o castelo num recanto hoteleiro, protegido pela murada de Óbidos.
Sob os pés dos visitantes, a extensa muralha se desenrola (1565 metros), audaciosamente desprovida de barreiras proteção.
15. O que fazer? Festival Medieval de Óbidos

Em julho, a cidade murada de Óbidos reverte os ponteiros do tempo. Durante o Mercado Medieval as ruas ecoam com canções de trovadores e galopes de cavaleiros.
Mercados revivem a época, com carnes douradas em espetos, salsichas robustas e cerveja a transbordar de canecas rústicas.
Outros eventos como Óbidos Vila Natal, a Semana Santa, o Festival Internacional de Chocolate de Óbidos e o Festival Literário magnetizam milhares de turistas.
16. Onde Dormir? Pousada do Castelo de Óbidos


Alojar-se na pousada castelo de Óbidos e deambular por ruelas medievais como se fosse realeza é um regalo singular que Óbidos oferece.
Há um encanto inusitado em repousar numa torre de um castelo ancestral, de onde se vislumbra a tapeçaria urbana de toda a vila.
A suíte, munida de modernidades como ar condicionado, desvela uma casa de banho primorosamente equipada com banheira. A cama convida ao mais plácido dos sonos.
17. Ver a Igreja de São João Baptista

Fora da muralha, caminhando para sul, uma centena de passos, revela-se a Igreja de S. João Baptista, memória do século XIII.
Ali, fora da vila, nasce por uma razão: Santa Isabel erige-o como leprosaria com uma capela.
Dizem ser tocada pelo divino, curava leprosos que época eram obrigados a andar com campainhas, murmurando que o trono lhe era dado para servir.
Agora, no interior, o Museu Paroquial de São João guarda tesouros da fé, destacando-se um retábulo renascentista e uma berlinda que transportou a imagem da Nazaré.
18. Ver o Aqueduto da Usseira

Sob a batuta doutra mulher, Dona Catarina da Áustria, ergue-se o Aqueduto de Óbidos (século XVI). Desafiando a terra, permaneceu firme ao terramoto de 1755.
Das profundezas da nascente da Usseira (freguesia do município de Óbidos), a água fazia uma jornada de seis quilómetros.
Metade ao ar livre, metade mergulhada na terra, até saciar a sede no Chafariz da Praça.
19. Santuário do Senhor Jesus da Pedra

Óbidos é uma vila com muita coisa para fazer. E, a escassos minutos a nordeste, eleva-se o Santuário do Senhor Jesus da Pedra. Com estacionamento farto e sem complicações.
Originário do alvorecer do século XVIII, impressiona pelo exterior que, surpreendentemente, cede espaço a um interior hexagonal.
No seu interior, sobressai a imponente representação de Cristo crucificado.
Em tempos idos, uma humilde ermida ocupava este sítio, objeto de grande devoção, que incluía entre seus devotos o Rei Dom João V.
O seu nome evocativo deve-se a uma lenda local. Um lavrador foi compelido pela cruz de pedra deste locus sagrado, terminando uma longa seca que afligia a região.
20. Bacalhôa Buddha Eden no centro de Portugal

Numa breve deslocação, 15 minutos de carro de Óbidos pela auto-estrada A8 a sul, chegámos ao Jardim Oriental Bacalhôa Buddha Eden, no Bombarral.
Este é, sem dúvida, o mais grandioso jardim oriental de toda a Europa, estendendo-se por 35 hectares sob a alçada da vinícola Quinta dos Loridos.
Nasce como uma resposta à destruição dos Budas Gigantes de Bamyan (Afeganistão), trágico episódio para toda a Humanidade.
Somos ludibriados pela simplicidade do exterior. O interior revela-se um idílico recanto, povoado de imponentes budas, espelhos de água habitados por carpas e tartarugas.
É propício para momentos românticos, passeios em família ou simplesmente relaxar.
Para uma experiência mais cómoda, temos o minicomboio, com custo adicional de seis euros, para além da taxa de entrada (seis euros).
Praias de Óbidos e Resorts
Este recanto é um destino popular pela sua vila. Mas, nos arredores de Óbidos, magníficos resorts florescem, conjugando luxo, golfe e o acesso a praias de rara beleza.
21. Onde Domir? Bom Sucesso Resort

À sombra da Lagoa de Óbidos, se eleva como um santuário.
Villas desenhadas por mãos de mestres oferecem pátios privados que se abrem para jardins. No interior, espaços finamente decorados e cozinhas prontas para qualquer refeição.
Aqui, entre piscinas e campos de golfe que se estendem no horizonte, redescobre-se uma vida que a cidade há muito esqueceu.
22. O que fazer? Guardian Bom Sucesso Golf

O campo de golfe com 18 buracos, concebido pelo renomado arquiteto Donald Steel, estende-se por uma vastidão de mais de 60 hectares.
Não é um percurso para os fracos de espírito ou do físico; temos de percorrer distâncias consideráveis, e nem sempre em terreno uniforme.
Recomenda-se o uso dum buggy.
Os greens, rápidos e meticulosamente cuidados, são um regalo. E, como recompensa, os últimos buracos oferecem uma vista deslumbrante da serenidade da Lagoa de Óbidos.
23. Praia do Bom Sucesso

Ninho mágico entre o bravo mar e a serena Lagoa.
O recanto interno da lagoa apresenta águas plácidas e convidativas, erguendo-se como um espaço ideal para famílias com pequeninos.
Contudo, na confluência com o mar, é imperativo exercer prudência. Uma excelente opção é desfrutar de uma tranquila caminhada ao longo das margens da Lagoa de Óbidos.
24. Onde Ficar? West Cliffs Golf Villas

No abraço da costa, ergue-se um refúgio de requinte.
Entre os ecos de jogos de ténis e conversas à mesa do restaurante, há campo de golfe, belíssima tapeçaria de 18 buracos.
As villas guardam no seu seio lareiras crepitantes e cozinhas que antecipam banquetes.
Cada terraço oferece uma serenata visual e cada moradia vem com uma piscina particular.
E a Praia do Rei do Cortiço nos aguarda a passos de distância.
25. Praia do Rei do Cortiço

Encontra-se situado na margem esquerda, mas, surpreendentemente, não se debruça sobre as águas pacatas da lagoa.
Em vez disso, volta-se para a vastidão do oceano, parecendo quase desafiar o Atlântico.
26. O que fazer? West Cliffs Golf

O Campo de Golfe West Cliffs é mérito duma mulher, da norte-americana Cynthia Dye, marcando a sua estreia europeia. É das mais notáveis joias no mundo de golfe.
Ao adentrar no domínio de West Cliffs, é palpável a grandiosidade da infraestrutura. O tee inaugural situa-se à distância, muito mais cómodo com um buggy.
O relvado desafia com lançamentos extensos e fairways generosos. Os greens, meticulosamente esculpidos, ostentam desafios, com particular menção ao 5.º e ao 16.º buraco.
27. Onde ficar? Royal Obidos Evolutee Hotel

Royal Obidos Evolutee Hotel (5 estrelas) é um refúgio que prima pela sofisticação decorativa e pela generosa piscina externa guarnecida com espreguiçadeiras.
Ao cair do pano dum dia recheado de epopeias, o spa seduz com um leque diversificado de terapias.
A gastronomia é de qualidade, e o pequeno-almoço um variado buffet de delícias. Dispõe dum campo de golfe (18 buracos).
28. O que fazer? Royal Obidos Golf

Concebido pela mítica figura do golfe mundial, Severiano Ballesteros, é um puzzle árduo. Os greens, vastos e velozes, tornam-se um desafio pungente sob a alacridade do vento.
29. Onde Domir? Praia D’El Rey Marriott Golf & Beach

Encontrámo-nos num estabelecimento de 5 estrelas, algo que se nota nos minuciosos detalhes, no requinte decorativo, e no corpo de colaboradores que exala dedicação inabalável.
Os quartos, agraciados com varandas e terraços, desvendam panoramas ora voltados ao majestoso Atlântico, ora direcionados ao Golf Praia D’El Rey.
Entre os restaurantes, os bares convidativos, ginásio aprazível, e a piscina que reluz ao sol, podíamos ficar uma semana sem trespassar os limites deste hotel.
30. Praia D’El Rey Golf Course

No teatro natural onde pinhais e dunas são os protagonistas, ergue-se um dos campos de golfe mais notórios do Velho Continente, com a assinatura do norte-americano Cabell B. Robinson.
A primeira metade deste grandioso terreno é pautada por uma atmosfera pacata. O ato subsequente é um vibrante bailado de tacadas à beira-mar. As comodidades do clube exalam um padrão de qualidade superior.
31. Praia do Pico Antena

Sob a vigia silenciosa da antena, que lhe empresta o nome, a Praia do Pico da Antena desdobra-se, vasta e misteriosa.
As escadas de madeira, como cordas de um velho violino, conduzem-nos à melodia das ondas. No topo, D’el Rey Golf & Beach Resort paira à nossa espera.
Para Sul de Óbidos – Baleal (Visitar Peniche)
Baleal, outrora uma ilha, agora se revela como uma diminuta península. Esta extensão de terra desabrocha a norte de Peniche.
32. Praia Baleal Norte

Na Praia do Baleal do Norte, em contraste com a sua irmã a sul, o mar está em perene agitação, seduzindo surfistas que anseiam a adrenalina oferecida por suas ondas impetuosas.
33. Ver a Praia Baleal Sul

Junto à península do Baleal, alguns bares pontuam a paisagem, convidando a pausas de descontração. . O mar, com seu toque suave, é abraçado pela península como um guardião. Ainda na sua essência natural, a praia nos acolhe delicadamente.
34. Praia de Peniche de Cima

Um extenso manto de areia onde as ondas, mansas, acariciam a areia delicada. A oriente, as dunas são gentilmente circundadas por cercas de madeira.
35. Ver a Praia da Gambôa (Visitar Peniche)

Pouco adiante, a Praia da Gambôa desenha-se sob a proteção dum pontão e do sólido paredão da Fortaleza de Peniche.
Aqui, bares e restaurantes clamam por um olhar, enquanto a escola de surf propõe o desafio de conquistar ondas.
36. O que fazer? Fortaleza de Peniche

No alvorecer do século XVI, a Fortaleza de Peniche ergueu-se para proteger. Porém, entre 1930 a 1974, sob a égide sombria do Estado Novo, transformou-se num agressor: numa prisão política.
Das suas entranhas, duas fugas ousadas tomaram forma.
Dentro dos seus muros, o Museu Nacional Resistência e Liberdade narra os capítulos da repressão fascista durante a Ditadura Militar e o Estado Novo.
37. Visitar as Berlengas

Ao lado da imponente Fortaleza, inicia-se o trajeto rumo às místicas Berlengas. Embarcações turísticas zarpam rumo à ilha escarpada a meros 10 km da costa.
Do Cabo Carvoeiro, em dias límpidos, avistamos o contorno dessa ilha, com seus escassos 2,5 km², praticamente deserta de humanos, mas repleta de aves marinhas.
Para Norte de Óbidos – Visitar Caldas da Rainha
As origens de Caldas estão intimamente ligadas ao Hospital Termal. E é à monarca Dona Leonor que esta cidade deve a sua alcunha.
38. Praia da Foz do Arelho

Ao cruzar a Lagoa com o Atlântico, encontrámos a Praia da Foz do Arelho. Um extenso manto de areia, ideal para momentos familiares.
À margem da lagoa, águas serenas formam o refúgio perfeito para os mais novos. Já ao sabor do mar, surfistas encontram seu paraíso.
Com a maré baixa, uma travessia leva-nos ao lado oposto da foz.
39. O que fazer? Parque Dom Carlos I

Aninhado nas Caldas, um exuberante jardim romântico envolve o histórico hospital termal, legado de Dom João V.
Um verdadeiro oásis num centro que venera betão.
As Suas extensas alamedas, ladeadas por árvores frondosas, convidam a passeios meditativos. Um lago central, povoado por cisnes e patos, reflete o céu.
No seu coração, o Museu J. Malhoa e um restaurante se revelam, enquanto espaços para ténis e um parque infantil enriquecem o ambiente.
40. Museu José Malhoa

Museu José Malhoa é a casa do mais vasto conjunto de obras do célebre pintor. Abraça uma rica coleção de pinturas e esculturas dos séculos XIX e XX.
José Malhoa, vanguarda do Naturalismo luso, era mestre em captar a essência do mundo rural e das tradições populares, imortalizando-as em suas telas.
41. Onde fazer Compras? LA VIE

Se busca um epicentro de comércio e entretenimento próximo a Óbidos, o La VIE Caldas da Rainha atenderá às suas expectativas.
A 10 minutos de Óbidos, dispõe de estacionamento subterrâneo e alberga três pisos repletos de lojas, cinemas e uma área de alimentação.
Visitar Alcobaça (norte de Óbidos)
Alcobaça é uma ode à História e detém das joias costeiras mais cintilantes da Costa de Prata.
42. Ver a Praia de São Martinho do Porto

Numa curta viagem de 25 minutos desde Óbidos, descobrimos um recanto de serenidade (leia Visitar São Martinho do Porto).
Esta baía, abrigada das intempéries oceânicas, é um refúgio de areias delicadas e águas plácidas.
Estacionar pode ser um desafio no verão, mas a sua persistência será cabalmente recompensada.
A praia foi moldada para o deleite familiar.
A avenida beira-mar, salpicada de lojas e restaurantes, acompanha todo o contorno da praia, convidando a passeios demorados.
43. Delícias Geladas à Beira-Mar? Gelatomania

Em harmonia com o ritmo da marginal, surge uma paragem irresistível: a Gelatomania – um hino à indulgência.
Suas criações geladas inventivos são uma tentação. Os waffles, generosos e crocantes, uma experiência gustativa.
A fama da Gelatomania não se restringe só São Martinho. Uma na Nazaré, igualmente concorrida, reforça o prestígio desta deliciosa marca.
Nazaré – Norte de Óbidos
À medida que avançamos a norte, Nazaré se desvenda. Destacou-se por gerações como uma pérola piscatória. Nos tempos mais recentes, são as ondas gigantes que a elevaram ao patamar duma lenda global.
44. Praia da Nazaré

A nostalgia resplandece nas tradicionais barracas coloridas, evocando memórias de verões passados.
A Praia da Nazaré é um manto arenoso, acariciado por um atlântico agitado. A porção mais segura é junto à encosta do Sítio. Estacionar aqui pode ser um exercício de paciência.
A elevação ao Sítio da Nazaré, seja de carro ou funicular, é uma jornada recompensadora. Lá de cima, o panorama é de tirar o fôlego.
45. Forte de São Miguel Arcanjo


Este sentinela propicia vislumbres arrebatadores da Nazaré e da Praia do Norte. É o melhor mirante para as ondas que desafiam a gravidade e o coração.
Estas colossais das marés são um espetáculo sazonal, dominando o mar durante os meses mais frios, em episódios raros e emocionantes.
O interior do forte é uma ode ao surf, exibindo pranchas que testemunharam feitos épicos.
A sua fundação remonta ao reinado de D. Sebastião em 1577, quando o propósito era defender a costa de invasores hostis.
Avançando na linha do tempo, no alvorecer do século XX, o forte abrigou um farol, orientando os intrépidos pescadores da região.
O que visitar perto de Óbidos:
Para sul, encontra Torres Vedras (30 minutos pela A8), Lourinhã (35 minutos pela N247), Ericeira e Lisboa pela A8). Para oeste descobre Peniche (meia hora pela IP6). Para este fica Santarém – 40 minutos pela A15.
A norte temos Caldas da Rainha, 15 minutos pela N8. Pela A8 tem São Martinho do Porto (25 minutos pela A8), Alcobaça (meia hora), Nazaré (35 minutos), Batalha e Porto de Mós (45 minutos). Fátima dista 1 hora, passando por Leiria através da A8.
Como chegar à vila de Óbidos?
Encontra-se aproximadamente a 80 quilómetros ao norte de Lisboa.
Aqueles que partem de Lisboa a Óbidos devem optar pela autoestrada A8, rumando a norte, e adotar a primeira saída destinada a Óbidos.
Já os que vêm do Norte pela A8, aconselha-se a segunda saída para Óbidos. Existem áreas de estacionamento próximo ao Posto de Turismo e ao Aqueduto – ambos pagos.
De autocarro:
É servida pela Rodoviária do Oeste e Rede Expressos. Os autocarros param a meros passos do centro de Óbidos.
De Comboio:
A estação fica a cerca de 1 km do núcleo histórico. Opte pela Linha do Oeste: a jornada de Lisboa estende-se por duas horas e meia.