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Roteiro: O que visitar em Alcobaça e arredores

Venha Visitar Alcobaça! A apenas 100 km de Lisboa, o silêncio do Mosteiro de Santa Maria guarda as histórias de Pedro e Inês, amantes que ainda hoje fazem o coração de Portugal bater.

Enquanto os corredores ressoam paixão, as ruas contam histórias outrora moldadas pelas mãos de monges. É a obra inaugural do estilo gótico construída em Portugal.

E se quiser um sabor desse passado, a Pastelaria Alcoa serve doces com segredos antigos, beijados pelas freiras que os criaram.

Pertencente ao distrito de Leiria, região do Oeste, este local viu a Ordem de Cister moldar o seu destino em 1153, influenciando desde a agricultura à ética do trabalho dos seus habitantes.

Coutos de Alcobaça, assim chamava-se o território dominado pelos monges alcobacenses, moldaram áreas como Nazaré e partes de Caldas da Rainha.

Onde fica Alcobaça?

No coração da região Oeste de Portugal, faz parte do distrito de Leiria. A partir da azáfama de Lisboa, um traçado de 100 km pela A1 e A8 conduz-nos a este recanto (1 hora e 15 minutos).

Para quem vem do Porto, uma viagem de cerca de 225 km pela A1 e A17 revela a essência deste lugar (2 horas).

Quando visitar Alcobaça?

O concelho de Alcobaça, a pulsar com a vida de festivais, feiras e melodias, qualquer época é perfeita para uma visita.

Mas há momentos que se destacam: o festival Cistermúsica, a Feira de São Bernardo e a inesquecível Aljubarrota Medieval são apenas algumas das celebrações que preenchem o calendário da cidade.

E para os corações apaixonados? O Dia dos Namorados é especial aqui. Conhecida como a “Cidade do Amor Eterno”, Alcobaça convida casais a caminharem pela Rota “Dê Lugar ao Amor”

Aqueles que preferem o calor têm no verão a época ideal para explorar Alcobaça. As praias estendem-se em longos areais, proporcionando espaços para todos, longe das multidões.

Roteiro do que ver e fazer em Alcobaça e arredores

Em Alcobaça, a memória ecoa pelas pedras do Mosteiro onde Pedro e Inês repousam, amores eternos num tecido de lenda e realidade. Pelas ruas, a cerâmica narra tempos antigos e a Pastelaria Alcoa sussurra receitas beijadas por freiras de outrora.

1. Ver o Mosteiro de Alcobaça

O Real Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça ergue-se como um monumento à tenacidade e visão de Dom Afonso Henriques, 1.º rei de Portugal. Classificado Património UNESCO e uma das 7 Maravilhas de Portugal.

Entre as paredes ancestrais do mosteiro, a Sala dos Monges e a Sala do Capítulo sussurra antigas orações, enquanto o Refeitório conta histórias de jantares solenes.

O Dormitório, uma vez cheio de sonhos silenciosos, olha para a Sacristia Nova, repositório de rituais sagrados.

No centro, o Claustro do Silêncio, mandado construir por D. Dinis, permanece como um testemunho da devoção.

Desde 1178, suas pedras góticas acumularam-se, levando um século para que seus corredores ecoassem o silêncio.

O estilo de construção do mosteiro, inspirado pela Abadia de Claraval na distante França, sussurra a conexão profunda da história do mosteiro com Bernardo de Claraval.

Hugues de Paynes, primo de Claraval, deu vida ao Templários, moldando-os como guerreiros de fé.

Tomar, a apenas uma hora de viagem, abrigava esses Templários. Seus esforços foram cruciais para Dom Afonso Henriques, guerreando ao seu lado na reconquista cristã.

No interior, a nave central, despojada e imponente, sente-se um respiro profundo, quase como se o próprio edifício exalasse espiritualidade.

Na sombra quieta da Igreja de Santa Maria, Dom Pedro I e Inês de Castro descansam frente a frente.

Estes esplêndidos túmulos góticos, erguida sob a ordem de Dom Pedro, posicionados de frente um para o outro, aguardam o dia em que os apaixonados se reencontrarão na Ressurreição.

Amor, Poder e Vingança: História de D. Pedro e D. Inês

No coração da antiga Lisboa, 1340, Dom Pedro, herdeiro do trono lusitano, casava-se na majestosa Sé com Dona Constança Manuel de Castela.

Mas era nos olhos duma aia, Inês de Castro, que o Infante se perdia. A paixão, intensa e proibida, borbulhava nos corredores do poder.

D. Afonso IV, sob o manto de moralidade, exila Inês para as terras frias de Espanha. Mas a morte leva Dona Constança, fazendo com que Inês e Dom Pedro possam reencontrar-se.

Rumores sussurram sobre um casamento secreto (que ocorreu), com implicações vastas para o reino.

D. Afonso IV, num golpe de desespero, decreta o sangrento fim de Inês, em Santa Clara, Coimbra.

A revolta do príncipe foi imensa, fazendo-o ascender ao trono e tornando-se o oitavo rei de Portugal.

Segundo a tradição, o seu amor por Inês levou-o a exumar seu corpo, coroando-a postumamente, e exigindo dos nobres um beijo de lealdade ao seu cadáver.

Parecia a vingança de Dom Pedro não conhecia limites, arrancando corações vivos a dois dos assassinos da Inês…

Dom Pedro I

Mas Dom Pedro não foi apenas um amante ardente; a sua governação trouxe paz e prosperidade, um oásis no tumultuado século XIV.

No fim da sua vida, talvez já temendo o seu próprio julgamento, perdoa o 3.º assassino que andava longe das suas garras.

2. O que fazer? Pastelaria Alcoa

Logo ali, perto do mosteiro, encontra-se a Pastelaria Alcoa no centro de Alcobaça.

É mais do que um lugar; é uma memória viva, um toque de saudade em cada doce. Nas suas vitrines brilham cornucópias, e os célebres pasteis de nata, aclamados como os melhores.

Fundada pela jovem Joana Alves, a pastelaria tornou-se um guardião de técnicas esquecidas.

Entrar em sua cozinha é viajar no tempo: onde padeiros, seguindo os passos das freiras, utilizam utensílios antigos e rituais, fazendo dos doces um poema de sabor e tradição.

Alcobaça, é uma cidade encharcada no doce legado da Ordem de Cister, com os seus sabores de frutas-doces e Licor de Ginja.

3. Onde Comer em Alcobaça? Restaurante António Padeiro

A uma curta caminhada do Mosteiro de Alcobaça, numa ruela apertada que parece contestar a necessidade de grandiosidade, o Restaurante António Padeiro ergue-se desde 1938.

Personifica a resistência ao efémero. No seu menu, pratos como a perdiz na púcara falam de uma cozinha intrépida, imune às mudanças do tempo.

E nas sobremesas, cada opção parece um convite a um doce dilema. Uma experiência que, tal como o restaurante, desafia a fugacidade da memória.

Morada:  Rua Dom Maur Cocheril 27, 2460-032 Alcobaça

Telefone: 262582295

4. Visitar a Igreja de Nossa Senhora da Conceição – Para além do mosteiro

A pouca distância, a Igreja de Nossa Senhora da Conceição ergue-se, com sua dignidade que parece contar os séculos.

Originária de 1152, foi o refúgio inicial dos monges de Cister antes da monumental obra que é o Mosteiro de Alcobaça.

Reconstruída em 1648, o seu interior revela uma serenidade nua, contrastando com o retábulo barroco, dourado e faustoso, e as pinturas que narram a vida da Virgem, imersas no dourado do século XVII.

Nas ruas de Alcobaça, palacetes erguem-se com orgulho, reflexos de uma época e riqueza trazidas do Brasil. São as “Casas dos Brasileiros”, vestígios oitocentistas, fruto da paixão neorromântica e neoclássica daqueles tempos.

Estas moradias, construídas por emigrantes que regressaram com bolsos recheados, pintam a cidade com história e sabor.

E no coração desse cenário, o Chalet Oriol Pena, atual sede da Câmara Municipal de Alcobaça, reina como uma lembrança palpável do esplendor de outros tempos.

5. Ver o Jardim do Amor – Cidade de Alcobaça

No coração de Alcobaça, cada pedra murmura lembranças. Os majestosos Arcos de Cister se projetam, testemunhas de eras passadas.

Lá, onde os rios Alcoa e Baça abraçam-se, existe um ponto onde o amor se eterniza: o Jardim do Amor.

Um tributo singelo, mas potente, ao amor imortal de Pedro e Inês. Apesar de sua extensão limitada, o jardim transborda em inspiração.

E, nos seus recantos, os pequenos cofres do amor aguardam mensagens e segredos.

6. Castelo de Alcobaça – locais a visitar

Em posição dominante sobre a vila, era um castelo muçulmano tomado pelas forças de Dom Afonso Henriques por volta de 1148.

 Aqui esteve, acompanhado pelo Mestre Templário Gualdim Pais, nomeado cavaleiro pelo próprio rei, sua sombra, conselheiro e protector. 

Terramotos em 1422 e 1755. Agora, um esqueleto em pedra que se estende sobre a vila. Mas aquela vista… intocada, inabalável.

7. O que fazer? Museu Raúl da Bernarda

Cerâmica de Alcobaça

Em Alcobaça, um canto celebra Raúl da Bernarda, a Cerâmica de Alcobaça com raízes em 1875. Seus designs, onde o azul reina, moldaram a louça portuguesa nos anos 1900.

Peças com mais de um século narram a alma cerâmica da região. Trajes folclóricos também adornam o espaço.

8. Ver o Museu do Vinho – lugares a visitar

A escassos 2 km do coração de Alcobaça, a história do vinho fermenta nas antigas paredes de uma adega de 1874, obra de José Eduardo Raposo Magalhães.

O Museu do Vinho de Alcobaça não é meramente exposição, é a alma e a tradição vinícola da região de Alcobaça.

 Entre pipas seculares e corredores adornados com garrafas antigas, o legado dos monges da Ordem de Cister ressoa.

A viagem por 10 mil objetos culmina na degustação numa taberna preservada, onde aos domingos, o vinho flui gratuitamente, conectando passado e presente.

Alberga a coleção mais rica e diversificada do país na temática vitivinícola.

9. O que fazer? Parque dos Monges

A apenas 2 km do Museu do Vinho, o Parque dos Monges brota da Quinta das Freiras. Um lugar onde o legado dos monges da Ordem de Cister revive.

 Aqui, aventura e aprendizado misturam-se, ecoando as tradições agrícolas e pecuárias da Granja de Chiqueda.

 O parque é um convite: para famílias, aventureiros e quem sonha com acampamentos requintados sob as estrelas.

As atividades pulsam, desde escaladas a visitas ao Museu dos Doces Conventuais. Na Loja dos Monges, o sabor e artesanato de Alcobaça aguardam.

E na Quinta Pedagógica, as mãos jovens aprendem a arte antiga da terra.

No meio da natureza, o glamping ergue-se como um refúgio.

Ali, a simplicidade da vida ao ar livre encontra o conforto.

As cabanas, acomodando de duas a seis almas, repousam sobre um lago calmo, oferecendo privacidade e serenidade.

A tenda é um santuário: espaçosa e aconchegante. Ao amanhecer, um pequeno-almoço surpreendente chega. E a piscina sazonal aguarda por nós.

10. Real Abadia, Congress & Spa Hotel – Onde ficar a dormir em Alcobaça

Poucos quilómetros do coração histórico de Alcobaça, o Real Abadia, Congress & Spa Hotel, se ergue como um santuário.

Este hotel de quatro estrelas, com um toque ecológico, promete descanso.

Comodidades como spa, ginásio, piscinas e um jardim exuberante se desenrolam diante dos olhos. Villas espaçosas aguardam, inclusive para o seu amigo de 4 patas.

Cada recanto foi meticulosamente pensado. E ao amanhecer, um banquete aguarda.

11. Your Hotel & Spa Alcobaça

Apenas a 5 km da histórica Alcobaça, o Your Hotel & Spa é um retiro no seio da natureza.

Após dias de viagem, encontramos refúgio na sua vasta piscina, mergulhando no seu spa com sessões de vapor e jacuzzi.

Jantamos com requinte, e fomos saudados pela manhã com um pequeno-almoço de qualidade superior. O staff? Inigualável em gentileza.

Os quartos, espaçosos e modernos, são equipados com ar condicionado, televisão LCD e banho privado. Uma pausa autêntica.

12. Ver o Mosteiro de Santa Maria de Coz

A escassos 10 km de Alcobaça, o Mosteiro de Santa Maria de Coz se revela.

 Por fora, uma fachada discreta; por dentro, um espetáculo de talha dourada, azulejos e a magistral arte de Josefa de Óbidos.

Religiosas Cistercienses do século XIII uma vez o chamaram de lar.

Mas no século XVI, transformou-se num emblema de opulência barroca, testemunhando a riqueza de um dos mais notórios mosteiros femininos de Portugal.

A este da Alcobaça – Centro de Portugal

Para este, ergue-se o Mosteiro da Batalha, eternizando vitórias e heróis. Mas é na profundidade das Grutas de Mira de Aire que a verdadeira magia reside.

13. Visitar o Mosteiro da Batalha

A 20 minutos de Alcobaça, o Mosteiro da Batalha se eleva do chão como uma antiga epopeia contada pelas pedras.

Na praça, a estátua de Dom Nuno Álvares Pereira parece a segundos de galgar em direção ao desconhecido.

Começado em 1386, cada pedra da fachada gótica é um lembrete da gratidão de Dom João I pela vitória na batalha de Aljubarrota.

Com ele estava Lopo Dias de Sousa, o 7º mestre templário, que se ergueu a seu lado na batalha.

No silêncio do interior, a Capela do Fundador guarda os ecos de reis e heróis, figuras eternizadas na pedra e na memória.

14. Ver o Castelo de Porto de Mós

A uma breve viagem da Batalha, Porto de Mós esconde seu castelo entre as sombras das lendas. Aqui, Dom Fuas Roupinho, o templário eternizado por Camões, parece ainda patrulhar as muralhas.

Dom Dinis presenteou-o à Rainha Santa Isabel, uma ode de amor em alvenaria. Desde os seus tempos muçulmanos até a conquista de Dom Afonso Henriques, estas pedras viram histórias se desdobrarem.

E foi nas suas proximidades que Dom Nuno Álvares Pereira traçou estratégias para a batalha da Aljubarrota, que ecoaria pela eternidade.

15. Grutas de Mira de Aire – Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros

À sombra das Serras de Aire e Candeeiros, oculta a 20 minutos de Porto de Mós, a terra se abre para revelar as Grutas de Mira de Aire.

Estas são mais do que cavernas; são catedrais subterrâneas, onde a Natureza, em seu ritmo lento e constante, esculpiu maravilhas por milênios.

O caminho iluminado leva por uma viagem de 600 metros em um mundo de 11 quilômetros de extensão.

 Descer seus 683 degraus é como adentrar em um sonho: estalactites e estalagmites surgem como esculturas de uma exposição jamais vista.

E quando finalmente retornamos à luz do dia, é difícil não se sentir como se tivéssemos despertado.

A Oeste: Praias de Alcobaça e Arredores

Entre a Serra dos Candeeiros e o eterno Atlântico, desvendámos em praias de encanto diverso.

No município de Alcobaça, a baía de São Martinho do Porto sorri numa concha, onde famílias buscam refúgio e miradouros suspiram histórias ao vento.

Vale Furado e Paredes da Vitória, são segredos serenos da região. A Praia do Salgado ecoa a bravura das ondas, enquanto a Nazaré celebra um equilíbrio entre tradição e adrenalina.

16. Praia de São Martinho do Porto – visitar em Alcobaça

Poucos lugares combinam a magia do mar e da terra como São Martinho do Porto.

A 25 minutos de viagem pela N8, esta praia se desenrola como um abraço ao Atlântico, oferecendo um areal em forma de concha, criando um cenário quase surreal.

A praia, ideal para momentos de lazer em família, torna-se um ambiente seguro para crianças e amantes dos desportos náuticos.

17. Visitar o Miradouro de São Martinho do Porto

Não muito longe, um passeio pelo Cais leva a um dos segredos mais bem guardados de São Martinho do Porto: o miradouro, coroado pelo farol, é um convite ao espanto e à contemplação.

O oceano, o céu e a terra fundem-se num espetáculo visual amplificado quando acompanhado pelo brilho dum pôr do sol.

18. Ver o Miradouro do Facho

A pouco mais de um quilômetro, o Miradouro do Facho eleva a experiência de se perder no horizonte.

Com a Nazaré visível em dias límpidos, é um daqueles lugares que nos desafia: tirar uma foto para eternizar o momento, mergulhar em pensamentos profundos, ou simplesmente se perder na vastidão do mar e do céu.

19. Hotel Concha

O Hotel Concha ergue-se como um velho amigo à beira-mar. Da varanda, o oceano parece um hóspede na sala ao lado.

A simplicidade de três estrelas, mas a riqueza da proximidade. Com bom pequeno-almoço.

20. Praia de Salir do Porto

Mais adiante, Salir do Porto se desenha.

A paisagem esculpida pela mão de um artista invisível, onde a duna mais alta de Portugal se destaca como um gigante adormecido.

Os restos de uma alfândega renascentista murmuram histórias dum tempo que já se foi.

21. Praia do Salgado

Num sussurro quase audível, a Praia do Salgado se estende.

Selvagem, implacável, mas surpreendentemente acolhedora. É um chamado à contemplação, onde o poder do oceano ensina humildade.

Mas, como toda mãe, ela cuida: um bar, casas de banho, salva-vidas e espaço para estacionar.

22. Praia da Nazaré

Nazaré. O nome evoca imagens de ondas gigantescas e surfistas audaciosos. Mas a Praia da Nazaré é mais do que isso.

É a fusão de um Atlântico calmo com a vaidade de uma falésia que observa tudo do alto.

Estacionar? Uma dança complicada, mas no final, os olhos são presenteados com um quadro que poucas palavras fazem justiça.

Esta é a terra que não se conta em postais.

É sentida, vivida e gravada na alma.

23. Forte de São Miguel Arcanjo

Ao norte, o Forte de São Miguel Arcanjo, uma sentinela de 1577, agora serve como testemunha silenciosa das forças brutais do mar.

No inverno, é o teatro de ondas colossais, provocadas pelo Canhão da Nazaré.

Dentro, pranchas quebradas contam histórias de triunfos e tragédias.

24. Praia do Norte

E ao lado, a Praia do Norte, selvagem e imponente.

 É aqui que os corajosos desafiam os limites da natureza e, às vezes, quebram recordes.

Mas quando o verão chega e a fúria se acalma, famílias encontram no seu areal um refúgio.

Nazaré, uma terra de contrastes, onde o poder da natureza e a resistência humana se encontram num abraço eterno.

25. Praia de Vale Furado – Alcobaça

Vale Furado, um canto esquecido da costa de Alcobaça, permanece quase intacto pelo sopro do turismo.

A uns passos da famosa Praia do Norte, aqui o mundo parece ter parado. As ondas cantam, uma cascata secreta sussurra.

 Mas chegar lá? Uma jornada digna de um conto épico, com escarpas desafiadoras esculpidas pelo tempo.

Não é uma praia para todos, mas para aqueles que a descobrem, é um pedaço intocado do paraíso.

26. Lagoa de Pataias – Visitar Alcobaça

No Caminho do Barranco Marques, a 5 km do burburinho da praia Vale Furado, surge a Lagoa da Pataias – a principal zona húmida do concelho de Alcobaça.

Num dia chuvoso, estende-se mais. Mas é pequena, um pequeno reduto de aves e árvores com histórias que a maioria esqueceu. O convite é claro: um piquenique sob os olhos vigilantes das aves.

27. Praia de Paredes da Vitória

Paredes da Vitória é um retrato da vida familiar à beira-mar. As marés baixas revelam pequenas lagoas naturais que encantam crianças.

E a dominar a paisagem, o Leão, um rochedo guardião, observa tudo de cima, como um eterno protetor.

É um lugar onde risadas, jogos e o simples prazer da vida misturam-se com o som das ondas.

28. Praia da Pedra do Ouro

Na Praia da Pedra do Ouro, a areia branca contrasta com escarpas sombrias, um palco perfeito para pescadores e amantes do surf.

Mas aqui, a maré, caprichosa, por vezes rouba a praia, deixando aos visitantes meros retalhos de areia.

A natureza dita as regras; o vento entoa uma canção e as ondas governam. A apenas 5 km, São Pedro de Moel aguarda.

29. Praia São Pedro de Moel – Marinha Grande

Em São Pedro de Moel, onde a floresta de pinheiros faz reverência ao Atlântico, encontramos uma praia com a elegância das damas de outrora, encostada a mansões dignas de postais.

 Apenas meia hora de São Martinho do Porto, é um teatro vivo de surfistas desafiando as ondas e aromas de peixe fresco saindo dos restaurantes.

Aqui, o nevoeiro matinal cria contos de mistério e os pôres do sol anunciam noites animadas.

Este é o lugar onde a natureza escreve os ritmos da vida.

Para Sul de Alcobaça

A sul de Alcobaça, a história e a natureza misturam-se num bailado que seduz quem passa.

30. Parque Dom Carlos I – Visitar Caldas das Rainhas

A apenas vinte minutos pela A8, Caldas da Rainha revela seu coração: o Parque Dom Carlos I.

Uma homenagem à era termal da cidade, onde patos, cisnes e pavões passeiam entre quadras de ténis e risos de crianças.

Os barcos refletem no lago, lembrando dos romances passados. E lá, o Museu José Malhoa guarda histórias entre as árvores. Um respiro de tradição e natureza.

31. Salinas de Rio Maior

A meia hora de Alcobaça pela N1, as Serras de Aire e Candeeiros guardam um segredo: as Salinas da Fonte da Bica.

Um lugar que parece deslocado do tempo, onde o sal se ergue apenas a 30 km do oceano.

As suas lojas e restaurantes formam uma aldeia encantada, e no Natal, tudo brilha em madeira.

A história diz que o sal ali já era extraído na Pré-história, um legado nas rochas calcárias. As águas, vindas das profundezas, oferecem um sal puro e inigualável.

32. Visitar Vila de Óbidos

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O que visitar perto de Alcobaça:

Nazaré dista 20 minutos para oeste pela IC9. Para norte tem Batalha e Porto de Mós a 20 minutos, Leiria a meia hora (pela A19) e Fátima (40 minutos).

Para sul, encontra São Martinho do Porto (25 minutos pela N8), Caldas da Rainha (meia hora pela A8) e Óbidos (35 minutos). Peniche, para sudoeste, fica a 50 minutos, o mesmo que Santarém a sudeste.

Como Chegar a Alcobaça

De Carro:

De Lisboa ou Leiria, o Mosteiro de Alcobaça surge na autoestrada A8, uma seta direcional que nos leva para onde a história se funde com a terra. Seguindo as placas de Alcobaça/Nazaré/Valado dos Frades, o rumo é pela Estrada Nacional 8-5.

Para os viajantes das velhas rotas, a A1 também serve de caminho, descendo de Leiria ou subindo de Aveiras, guiados pelo IC2.

De Autocarro: Mas para quem não carrega um volante, há autocarros. Como fios que entrelaçam uma tapeçaria, a Rede de Expressos liga a vastidão do país.

De Lisboa, são duas horas. Do Porto, três. Alcobaça espera.