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Capela do Senhor dos Milagres, Machico

A Capela do Senhor dos Milagres é uma capela construída em homenagem a Jesus Cristo pela descoberta da ilha pelos navegadores portugueses em 1419. Consulte Locais A Visitar Na Madeira para obter detalhes da ilha e Funchal O Que Fazer para um guia sobre Funchal.

  • Coordenadas: 32.719100, -16.764172

Marca o espaço onde realizaram a primeira missa na Madeira, no dia a seguir ao descobrimento da ilha.

Imaginem só! A emoção que os navegadores portugueses sentiram ao pisar pela primeira vez a terra, e depois ergueram essa capela em homenagem ao Senhor dos Milagres (na altura chamada Capela de Cristo).

Que façanha incrível!

Morada

Rua do Senhor Dos Milagres 6, 9200-119 Machico

Mapa

A capela é pequena, simples, mas com charme histórico e religioso.

Fica no Largo do Senhor dos Milagres, junto à ribeira de Machico. Com uma vista bonita para o mar.

É também um exemplo de resiliência e devoção.

Em 1803, uma enchente desoladora assolou a capela, destruindo-a completamente. O caudal das ribeiras aumentou inesperadamente, galgando suas margens e levando consigo a muralha da ribeira e a ponte existente.

A Capela do Senhor dos Milagres? Foi quase totalmente destruída.

A imagem do Cristo crucificado é arrastada para o mar. Foi recuperada, quase intacta, por uma galera americana que a entrega na Sé Catedral do Funchal.

Os habitantes da região consideraram este acontecimento como um verdadeiro milagre, e foi por isso que a ermida passou a ser conhecida como Capela do Senhor dos Milagres.

Mas, tal como a fénix que capela ressurge das cinzas, reconstruída em 1813. Uma romaria é realizada todos os anos no dia 9 de outubro que recorda este episódio.

A capela atualmente mantém a preservação de algumas características originais da construção do século XV, como a parte do portal ogival e o arco triunfal que possivelmente fizeram parte da edificação primitiva.

A Lenda de Robert Machim e Ana d’Arfet

Era o final do século XIV e o jovem inglês Robert Machim estava apaixonado por Anna d’Arfet, que correspondia ao seu amor.

No entanto, por pressão da família, ela estava prestes a se casar com um nobre. Estavam dispostos a tudo para ficar juntos-

Desesperado para impedir o casamento, Machim juntou alguns amigos e planearam uma fuga de barco para a França, que na época estava em guerra com a Inglaterra.

Mas não previram a fúria da natureza.

Logo após saírem da costa inglesa, uma tempestade os atingiu, e ficaram à deriva.

Até que, finalmente, avistaram uma grande mancha e decidiram desembarcar na enseada que hoje é conhecida como baía de Machico.

Após explorarem a região, se abrigarem duma tempestade sob uma frondosa árvore e saciarem a sua sede. Uma nova tempestade se avizinhava.

Mas dessa vez, o mar lhes levou o barco, deixando-os presos na ilha.

Para piorar, Ana estava gravemente doente e faleceu poucos dias depois.

Arrasado, Machim ergue uma enorme cruz de madeira em homenagem à sua amada.

Os sobreviventes da expedição acabaram capturados por mouros e vendidos como escravos.

No entanto, gravaram sua história numa inscrição, incluindo a trágica saga de Machim e Ana.

Foi somente quando Zarco e Tristão chegaram à ilha que a cruz de madeira e a inscrição foram redescobertas.

Ergueram a primeira capela da ilha sob a sepultura dos dois amantes e deram o nome de Machico à terra…

Essa lenda, apesar de fictícia, revela várias verdades da época:

Primeiro, a abdicação do amor em prol do bem-estar dos padrões sociais. Depois, as mulheres eram tratadas como propriedade de maridos que não amavam.

Segundo, circulavam vários relatos e lendas de ilhas atlânticas no século XIV, entre os portugueses, mercadores das cidades estados italianas e entre os piratas muçulmanos. Mas ninguém sabia exatamente aonde e como lá chegar.

Mas Zarco e Tristão foram os primeiros a chegar a Porto Santo e corretamente marcaram-na num mapa para estabelecer rotas.

E por fim, ilustra a angústia dos que estavam à mercê da natureza.

E não só: os piratas muçulmanos eram particularmente temidos por escravizarem cristãos, com grandes mercados em Cairo, Bagdá, Istambul e Marrakesh.

O que visitar por perto

Aqui perto, conhecemos a belíssima Igreja de Nossa Senhora da Conceição construída pela família de Tristão Vaz Teixeira.

A Praia de Machico é das poucas praias de areia amarela na ilha da Madeira. Aqui desfrutamos dum banho nas águas cristalinas e tranquilas da baía de Machico, protegida por molhes.

Se gosta de paisagens deslumbrantes, não deixe de visitar o Miradouro do Pico do Facho, a norte de Machico. Daqui pode admirámos o mar e vale desta cidade histórica.

Em Santa Cruz, temos um dia de pura diversão no Aquaparque da Madeira. Deslizamos pelos escorregas, mergulhamos nas piscinas e gozamos o sol.

Descobrimos história no Museu da Baleia da Madeira, na vila do Caniçal. Vemos objetos antigos, fotografias da caça à baleia, vídeos e até esqueletos de baleias.

Um promontório rochoso na costa sul da Madeira ficou conhecido como Ponta da Oliveira. Marcava a fronteira entre a capitania de Zarco e Tristão. Aqui apreciámos a paisagem e caminhámos pelos trilhos.

Também podemos desfrutar dum dia de sol na Prainha do Caniçal, das poucas praias de areia natural (preta) na Madeira.

No extremo oriental, a Ponta de São Lourenço é um paraíso natural, selvagem, da Madeira.

No interior, descobrimos o Pico do Arieiro, o terceiro pico mais alto da ilha e admiramos o nascer do sol. Aqui começa pela trilha que nos leva ao Pico Ruivo, ponto mais alto da Madeira.

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