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Top 10 Caminhadas e Melhores Levadas da Madeira

No tecido da paisagem, corre as Levadas da Madeira, como veias no corpo de uma terra. Tudo sobre a ilha? Locais A Visitar Na Madeira. Para conhecer Funchal: Funchal O Que Visitar.

Estes serpenteantes canais de irrigação, são mais do que meros traços de engenharia do século XVI.

São a memória de um povo que soube, com respeito e arte, domar a geografia a seu favor.

Ao desbravar caminhos por montanhas e vales, foram a resposta engenhosa à pergunta de como nutrir os campos áridos e cultivar um futuro na ilha.

Hoje, são convites abertos ao turista que deseja perder-se pela deslumbrante paleta de verdes da Madeira.

Ladeadas por trilhos, a Floresta Laurissilva, património da UNESCO, estende-se até picos que desafiam o céu.

1. Levada das 25 Fontes

25 Fontes

Quanto Tempo : Estende-se por um total de 9 km, com uma duração estimada de 3 horas para ser percorrido.
Dificuldade? Fácil.

Iniciando a jornada, somos agraciados imediatamente por uma perspetiva magnífica do estacionamento, antecipando um pouco das maravilhas que nos esperam.

Conforme avançamos a partir do Ribeiro Frio, somos envoltos por uma floresta que, majestosamente, esculpe túneis estupendos, desenhando panoramas de tirar o fôlego.

À nossa esquerda, temos a constante companhia do Vale da Ribeira da Janela. Há uma parte do trajeto, especificamente os derradeiros 1.300 metros, onde é necessário cuidado redobrado.

O trilho, ao tornar-se mais restrito, apresenta à esquerda encostas pronunciadas e um emaranhado de arbustos, pintando um quadro repleto de flores e verdor.

Finalmente, alcançamos a lagoa de contorno semicircular, que se encontra adjacente a um imponente penhasco adornado com cascatas, popularmente reconhecido como as 25 Fontes.

2. Vereda dos Balcões

Miradouro dos Balcões

Quanto Tempo: Uma caminhada de 3 km, completada geralmente em torno de 1 hora e meia.
Dificuldade: Fácil.

Tão simplória que até uma criança pode ser transportada nas costas durante o percurso.

Segue-se ao longo da Levada da Serra do Faial, com água que flui sinuosamente ao seu lado.

À medida que prosseguimos, os pequenos e endémicos bis-bis da Madeira brindam-nos com suas doces canções.

Do alto das árvores, aproximam-se, ousadamente comendo sementes diretamente de sua mão!

Em escassos trinta minutos, o trajeto sereno e nivelado nos guia até o Miradouro dos Balcões, de onde se vislumbra um espetáculo visual avassalador do vale.

A imensa Cordilheira Central da Ilha se revela, exibindo os picos elevados do Areeiro, do Gato, das Torres e do Ruivo, enquanto a grandiosa Penha d’Aguia se destaca no horizonte.

3. Levada do Risco

Risco

Quanto Tempo: Estende-se por 6,6 km e percorre em aproximadamente 2:30 horas.
Dificuldade: Médio.

Iniciamos a aventura na Casa de Abrigo do Rabaçal, um local onde os viajantes podem degustar um café acolhedor e usufruir de instalações para higiene pessoal.

Ao descer os degraus que nos esperam, chegamos à Levada do Risco.

É essencial atentar-se à sinalização (PR6.1 Levada Risco) e não se desviar pela trilha à esquerda que conduz à Levada das 25 Fontes.

Conduzidos para cima, somos circundados por árvores de estatura notável e trilhamos entre uma vegetação característica de urzais e da peculiar uva-da-serra.

O ápice desse trajeto acontece aproximadamente 50 minutos após o início, ao nos depararmos com a estonteante Cascata do Risco, que se precipita de alturas impressionantes.

Em períodos de intensas chuvas, sua água se derrama com grande ímpeto pelo vale. Por outro lado, no auge do verão, sua força é mais contida.

4. Levada do Moinho

Moinho

Quanto Tempo: 10,5 km de extensão. Completa-a em 3 horas e 30 minutos.
Dificuldade: Médio.

Iniciando a expedição próximo à Igreja da Lombada, uma vereda singela conduz os exploradores diretamente até a levada.

Ao percorrer os primeiros quilómetros da Levada do Moinho, caminha-se à beira da encosta montanhosa, proporcionando paisagens esplêndidas do vale que se encontra encaixado entre montanhas e da vastidão oceânica ao longe.

A imponente visão do vale e da pitoresca vila Ponta do Sol cativa de tal forma que é quase impossível não ficar extasiado.

Gradualmente, a opulenta Floresta da Laurissilva nos envolve em sua atmosfera verdejante.

O apogeu da caminhada é marcado por uma cascata magnificamente talhada na face da montanha, de onde a água se despenha vigorosamente.

Posteriormente, o caminho adentra um túnel sombrio de aproximadamente 250 metros de extensão. É imperativo portar uma lanterna para transitar por ele com precaução.

5. Vereda do Areeiro

Areeiro

Quanto Tempo: Estende-se por 7 km, demanda aproximadamente 4 a 6 horas para ser concluído.
Dificuldade: Médio.

Esta trilha cativante, com uma variação altimétrica de 1.200 metros, brinda-nos com panoramas deslumbrantes ao longo de seu percurso.

O ponto de partida é o miradouro do Pico do Areeiro.

Durante o trajeto, cruzamos túneis esculpidos na montanha que, outrora, serviam de refúgio para gado e pastores.

Aproximadamente 25 minutos depois, somos agraciados com a visão do Ninho da Manta, um ponto de observação fascinante.

O manto nebuloso que frequentemente envolve as montanhas adiciona um toque encantador e enigmático ao ambiente.

Ao prosseguirmos, o caminho desce e logo apresenta um trecho mais nivelado, o qual também é entremeado por alguns túneis.

A sequência dessa rota requer a subida de uma série de degraus pronunciados.

Num curto espaço de tempo, alcançamos a Casa do Abrigo, situada nas encostas montanhosas.

Deste ponto, ascendemos algumas centenas de metros até atingir o ápice do Pico Ruivo.

6. Vereda do Pico Ruivo

Pico Ruivo

Quanto Tempo: Percurso de 5,6 km (ida e volta) que dura cerca duma hora e meia.
Dificuldade: Médio.

Assim que iniciamos nossa jornada, somos imediatamente confrontados com a figura do Homem em pé, uma majestosa formação de rocha basáltica que se destaca ao declinar pela encosta.

O caminho se eleva e à nossa esquerda se desdobram panoramas cativantes do vale do Ribeiro Seca, coroado pelo Pico das Torres e com o Pico do Arieiro delineando o horizonte.

Deparámo-nos com vários refúgios, providenciais quando consideramos as abruptas alterações climáticas da região, frequentemente envolta num oceano de nuvens.

A flora do local, composta por plantas herbáceas e arbustos, está acostumada às significativas flutuações térmicas e às chuvas e ventos vigorosos.

Ao conquistarmos o cume do Pico Ruivo, o ponto mais alto da ilha.

A paisagem esplendorosa que se descortina é de tirar o fôlego: a grandiosidade dos picos montanhosos, o vasto oceano e as nuvens flutuantes.

7. Levada do Rei

L. do Rei

Quanto Tempo: 5 km (mais 5 km para o retorno), exige aproximadamente 3 horas e meia de dedicação.
Dificuldade: Médio.

A aventura inicia-se na localidade de Achada da Felpa, em São Jorge, especificamente junto à Estação de Tratamento de Águas. Ao longo da jornada, a altitude flutua entre 500 e 700 metros.

À medida que progredimos, somos imersos num ambiente singular, dominado pela rica biodiversidade da floresta Laurissilva, onde se destacam Tis, Loureiros e Vinháticos.

Atingir o Ribeiro Bonito equivale a revelar um paraíso oculto no seio da floresta madeirense.

Pequenas lagoas refletem o desenho da flora circundante, ao passo que a água, de frescor constante, flui delicadamente entre as pedras.

Optar por uma pausa para um piquenique é decididamente uma excelente ideia. Lá, imersos num mar de verde, deliciámo-nos com as iguarias que trouxemos.

É um intervalo ideal para, serenamente, contemplar, valorizar e assimilar a grandiosidade da mãe natureza ao nosso redor.

8. Levada do Caldeirão Verde

Caldeirão Verde

Quanto Tempo: 6,5 km (acrescido de 6,5 km para o retorno), 5 horas de para completar o percurso de ida e volta.
Dificuldade: Médio

Começamos no Parque Florestal das Queimadas em Santana.

Imersos no seio da Floresta Laurissilva, nos deparamos com uma região rica em recursos hídricos, os quais são direcionados através da antiga levada aos campos de Faial (Santana).

O ambiente é marcado pela predominância de til e loureiro. A maior parte do trajeto desenrola-se em terreno plano, acessível.

Conduz-nos ao longo de escarpas vertiginosas, contudo, em seus trechos mais precipitados, corrimões proporcionam uma camada extra de segurança.

A etapa mais exigente diz respeito à travessia de túneis.

Precedendo a chegada à majestosa queda de água, o cenário revela-se intensamente verdejante, oferecendo panoramas magníficos da localidade de São Jorge e das altivas montanhas.

Quanto Tempo: Estende-se por 6,5 km (acrescido de 6,5 km para o retorno), cerca de 5 horas de para completar o percurso de ida e volta.

Dificuldade: Médio

9. Levada do Alecrim

Alecrim

Quanto Tempo: Percurso de 6,8 km, concluído em cerca de 2:30 horas.
Dificuldade: Fácil.

Iniciamos a descida pela via asfaltada em direção ao Posto Florestal do Rabaçal, e um caminho à nossa direita destinada à Levada emerge.

Devido à sua topografia predominantemente plana, a trilha é acessível à maioria dos exploradores. Não é raro se deparar com famílias com crianças pequenas.

Um dos deslumbres que nos aguarda é a passagem por emblemáticos túneis de urze, que se entrelaçam no percurso como se fossem entradas para um universo encantado.

Enquanto seguimos, mirantes pontuam a rota, brindando-nos com panoramas memoráveis de vales: o Vale do Rabaçal e o da Ribeira da Janela destacam-se.

Após percorrer 3,5 km, nos deparamos com uma joia deste trajeto: a Lagoa da “Dona Beja”, que se desdobra à nossa frente qual um manto de águas límpidas.

10. Vereda da Ponta de São Lourenço – Ilha da Madeira

V. da P. de São Lourenço

Quanto Tempo: Estende-se por 6 km e percorre em aproximadamente 2:30 horas.
Dificuldade: Médio.

Ponta de São Lourenço, no extremo este da Madeira, é uma criação do fogo expelido das profundezas da Terra.

O percurso contorce-se como quisesse seguir o ritmo da terra. Apesar da leve ondulação, é agradável.

O vermelho e a terra queimada contrastam com a vastidão serena que se estende ao nosso lado, refletindo o céu cristalino.

O ponto mais cansativo é a última subida, onde os músculos são postos à prova uma última vez.

No fim, um local de sossego nos espera: Centro de Receção Casa do Sardinha, propriedade do Parque Natural da Madeira.

Neste recanto, encontramos sanduíches e deliciosos bolos, que nos fazem salivar com antecipação.

A pequenina praia abaixo da Casa da Sardinha é um refúgio de frescura. Muitos dão um mergulho refrescante e desfrutam dum piquenique à sombra.